Na última sexta-feira (28), a Polícia Federal (PF) apresentou um projeto inovador de geração de biocombustível a partir de maconha (Cannabis sativa) apreendida, no Pará. O estudo, intitulado “Projeto Cannabiocombustível”, foi desenvolvido com o apoio das Universidades Federais do Pará (UFPA) e de Santa Catarina (UFSC) e será lançado como parte das celebrações dos 81 anos da instituição.
A pesquisa teve início há cerca de dois anos no Laboratório da Superintendência da PF no Pará e ainda está em fase inicial. O estudo busca explorar o potencial energético da droga apreendida, rompendo sua estrutura molecular para gerar um bio-óleo que poderá ter aplicações como combustível verde e, possivelmente, até usos medicinais, após análises laboratoriais.
Além do biocombustível, o processo também gera um biocarvão extremamente poroso, que pode ser utilizado na despoluição de águas residuais ou como fertilizante. Outro subproduto gerado é um condensado aquoso, conhecido como vinagre pirolítico, que pode ter aplicações como conservante de alimentos ou fungicida.
A iniciativa surge como uma alternativa sustentável para o descarte de drogas apreendidos, reduzindo os custos com armazenamento e logística desses materiais. O projeto também reforça o compromisso do Brasil com a inovação em energia renovável, especialmente na cidade que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
