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Nem pobres, nem oprimidos, nem vítimas. São maus!

No dia 1º de fevereiro de 2020, segundo noticiários, Khaylane da Silva Nascimento, de 15 anos, foi assassinada por criminosos com um tiro na cabeça após ser confundida com policiais por ter usado o flash do celular para tirar uma foto. Os bandidos julgaram que o clarão do flash era de viaturas da PM a entrar no Bairro do Bom Retiro, em Santos (SP), e atiraram. Assim, a Polícia é recebida lá.

Esse trágico acontecimento é importante. Desmente o que, há algumas décadas, tem-se repetido, em grupos políticos de esquerda radical, órgãos de comunicação ideologizados, nas universidades tomadas pela mentalidade marxista e também, infelizmente, entre católicos adeptos da Teologia da libertação extremada etc.: que os criminosos são pobres, oprimidos e vítimas da sociedade. Ora, este slogan revolucionário não corresponde à realidade. Tais criminosos são, na verdade, maus, endinheirados, opressores e algozes do próximo, conforme comprovam fatos e pesquisas de nossos dias. Detalhemos.

A pobreza material não é, em si, geradora de criminosos. O puro bom-senso basta para sustentar nossa afirmação, pois do contrário, todo pobre seria criminoso e todo rico virtuoso, mas não é assim. A antropóloga Alba Zaluar diz, concluindo ampla pesquisa, que “se a desigualdade explicasse a violência, todos os jovens pobres entrariam para o tráfico. Fizemos um levantamento na Cidade de Deus [conjunto habitacional favelizado, na zona oeste do Rio] e concluímos que apenas 2% da população de lá está envolvida com o crime. Como explicar que a maioria das pessoas não se envolveu com o tráfico? Certamente tem algo a mais aí” (“Hipermasculinidade” leva jovem ao mundo do crime. Entrevista com a antropóloga Alba Zaluar. Folha de São Paulo, 12/07/2004, online). Na verdade, os perversos líderes do crime têm todas as características de psicopatas clássicos, portanto maus por pura opção definida.

Os grandes criminosos são ricos. “Na Argentina, ao longo de 30 meses, a polícia confiscou dos narcotraficantes cerca de 20 milhões de dólares mensais. Os carregamentos de droga e bens ilícitos capturados, incluindo mais de 3.000 carros de luxo, como Ferraris e Porsches, superaram 593,3 milhões de dólares, o equivalente a todas as vendas trimestrais de eletrodomésticos e artigos para o lar no país vizinho. Também foram apreendidas mais de 22 toneladas de cocaína, mais de 381 toneladas de maconha e 447.535 unidades de drogas sintéticas. O valor dessa droga teria permitido construir 35 hospitais ou 131 escolas” (Catolicismo n. 818, fevereiro de 2019, p. 21). Manchete da Folha de São Paulo, de 03/02/2020, online: “Tráfico de drogas arrecada R$ 9,7 milhões por mês na cracolândia de São Paulo. Pesquisa da Unifesp indica ainda que quase metade dos frequentadores compra drogas com dinheiro de roubos”. Aqui cabe a indagação: os esquerdistas – de fora e de dentro da Igreja –, sempre brabos com supostos opressores, por que nada dizem contra os traficantes de drogas de lá e de cá?

Estranha-se ainda que os arautos das condenações fervorosas ao que consideram, de antemão, excessos imperdoáveis nas ações policiais nada falem das torturas e até dos assassinatos em “tribunais do crime” por aí. No G1, 07/03/19, online, lê-se que, em Presidente Prudente (SP), um jovem foi violentamente agredido a socos, pontapés, telhadas e tijoladas, permaneceu de olhos vendados, ficou fechado em quarto escuro, antes de ser transportado no porta-malas de um carro até o matagal. Detalhe: era ameaçado de morte o tempo todo por criminosos que recebiam ordens via celular. O torturado, assim como Nosso Senhor, na cruz, pediu água (cf. Jo 19,28), mas esta lhe foi negada ante gargalhadas dos facínoras. Já O Estado do Maranhão, 23/11/19, online, afirma que em São Luís (MA), em 2019, 20 pessoas, a maioria homens, morreram vítimas de “tribunais do crime”, embora estime-se que esse número seja maior.

Ante tudo isso, não se viu sequer uma ampla Nota de repúdio. Padre Júlio Lancellotti, por exemplo, sempre tão enérgico contra a PM e a GCM de São Paulo, muito estranhamente, também se calou…

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