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    Alergia emocional na pandemia: o que é e como ela pode afetar a sua pele?

    PORRedação Policial

    30/04/2021 00:16
    Atualizado em 30/04/2021 00:16

    Alergia emocional na pandemia: o que é e como ela pode afetar a sua pele?

    A alergia emocional torna-se mais comum conforme níveis de estresse e ansiedade são potencializados pela pandemia. Saiba como prevenir, diagnosticar e tratar a condição.

    Não é de hoje que os problemas a serem resolvidos e uma rotina diária estressante influenciam diretamente na necessidade de cuidados para a saúde mental. Porém, a cada dia se tornam mais conhecidas as consequências físicas. Como os membros, órgãos e sistemas podem ser afetados por conta disso.

    E um dos problemas que podem ocorrer é a alergia emocional, também chamada de urticária nervosa, uma condição que desencadeia quando fatores psicológicos e emocionais geram uma reação no sistema imunológico.

    O estresse e a ansiedade resultam em alterações fisiológicas no organismo devido à liberação de substâncias conhecidas como catecolaminas e o hormônio cortisol, provocando uma inflamação no corpo.

    Em resposta, para tentar reduzir os efeitos dessas substâncias no organismo o sistema imunológico reage a elas, causando uma crise alérgica que se manifesta principalmente na pele.

    Quais os sintomas da alergia emocional?

    A alergia emocional manifesta-se de diferentes formas de acordo com as tendências do paciente, questões como o grau de estresse ou ansiedade vivenciado, a faixa etária e outras variáveis são consideradas no diagnóstico.

    Apesar disso, como os sintomas acometem frequentemente a pele, resultam em alterações mais comuns:

    • coceira no corpo;

    • vermelhidão ou ardência na pele;

    • inchaço;

    • manchas vermelhas, conhecidas como urticárias;

    • falta de ar;

    • insônia.

    Os sintomas, portanto, são semelhantes ao de outras reações alérgicas, como as que são causadas por alimentos, medicamentos, substâncias, tecidos e outras. No entanto, geralmente o quadro é incômodo e pode ser persistente, mas não como uma crise aguda.

    Por que a alergia emocional piorou durante a pandemia?

    A alergia emocional não é uma condição recente, mas muitas pessoas têm tomado ciência do problema recentemente devido ao aumento dos níveis de estresse e ansiedade que estão passando.

    A pandemia da Covid-19 que teve início em março de 2020 decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou completamente a vida de grande parte da população. Além do risco à saúde de uma patologia pouco conhecida e com sintomas e complicações difíceis de prever somou-se ainda alterações na esfera familiar, profissional e econômica.

    Simultaneamente, muitos pais precisaram adotar o home office enquanto os filhos aderiram os estudos à distância. Com a necessidade de permanecer em distanciamento social por meses houve uma diminuição drástica das interações sociais, e até mesmo famílias que viram a renda ser reduzida consideravelmente.


    O cenário levou muitas pessoas a níveis de estresse e ansiedade que não eram comuns antes, pois uniu preocupações individuais e coletivas (familiares, empresariais, organizacionais, etc.), além de uma incerteza e insegurança quanto à resolução e melhora da pandemia.

    Mais tempo em casa e com redução das possibilidades de sair também se refletiu em prejuízos à prática de atividades físicas, menos cuidados com a alimentação e aumento dos problemas de sono. Portanto, todo um contexto propício às crises de estresse e ansiedade, seja em adultos como também em crianças.

    Dessa forma, os casos de alergia emocional também se tornaram mais comuns conforme a pandemia continua e as pessoas sentem ainda mais as consequências psicológicas e emocionais da crise sanitária continuada.

    Como é o diagnóstico e tratamento?

    Quando se instalam os sintomas da urticária nervosa é importante buscar auxílio médico especializado. Atualmente, isso pode ser feito através de uma teleconsulta, desde que o paciente consiga informar detalhadamente o surgimento e manifestação dos sintomas.

    Ao verificar um quadro condizente com crise alérgica é provável que o especialista questione alergias previamente identificadas ou ações que antecederam a crise, como alimentos ingeridos, o uso de um cosmético ou produto de limpeza ou mesmo alguma situação psicologicamente desgastante.

    Essa entrevista é muito importante para identificar a origem da alergia. Caso verifique as motivações psicológicas e emocionais para o quadro, o especialista prescreverá a medicação antialérgica apropriada.

    Além disso, podem ser indicados alguns hábitos para tentar controlar o estresse e ansiedade do dia a dia, como:

    • melhorar a alimentação, optando por opções naturais;

    • fazer atividades física ainda que em casa, como alongamentos, ioga e outras;

    • tentar ter mais qualidade de sono, como jantando mais cedo, evitando eletrônicos à noite e interrompendo atividades de estudo e trabalho em um horário apropriado;

    • fazer meditação ou outras práticas relaxantes.

    Também pode ser aconselhado ao paciente que procure ajuda psicológica especializada. Sessões de terapia podem contribuir para compreender e lidar melhor com os sentimentos e emoções em um momento coletivamente desafiador.

    Como a alergia emocional afeta outros tratamentos?

    A alergia emocional consiste em uma reação inflamatória do próprio organismo às substâncias liberadas em decorrência das crises de estresse e ansiedade.

    Qualquer processo inflamatório exige mais do sistema imunológico e torna o paciente mais suscetível a infecções e doenças em geral, sendo importante melhorar alimentação e sono para recuperação adequada.

    Caso esteja em outros tratamentos médicos é importante avisar o médico responsável para que ele possa ajustar a medicação, se necessário.

    Quando o paciente com alergia emocional vai fazer uma operação, como a cirurgia plástica de mastopexia, lipoaspiração ou outras, é importante avisar o cirurgião plástico, pois pode ser necessário readequar o cronograma evitando complicações no pós-cirúrgico.

    Fonte/texto: Dra. Luciana Pepino.

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