Operação em prisões do país tira 4,7 mil celulares do crime organizado

    Em um ano, foram apreendidos 348 materiais como facas e tesouras

    PORPatrícia di Sanctis

    31/07/2024 14:30

    Operação em prisões do país tira 4,7 mil celulares do crime organizado

    Operação em prisões do país tira 4,7 mil celulares do crime organizado

    Ação apreendeu 4.757 celulares (Foto Ilustrativa)

    A quinta fase da Operação Mute, realizada em todos os presídios e penitenciárias do país, apreendeu 4.757 celulares utilizados para comunicação ilícita dentro dos presídios brasileiros. A ação mobilizou 3.463 policiais penais.

    A operação foi coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e ocorreu simultaneamente em todo o Brasil. Os policiais inspecionaram mais de 3 mil celas, onde estão abrigadas mais de 300 mil pessoas privadas de liberdade.

    Além dos celulares, a força-tarefa apreendeu 348 materiais perfurocortantes, como facas e tesouras, mil carregadores, 397 chips, 314 fones de ouvido, 29 roteadores e 19 pen-drives, além de quatro artefatos explosivos e três armas de fogo.

    O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, ressalta que se trata de uma operação que resulta da integração das polícias penais de todas as unidades da federação com a Polícia Penal Federal, em um trabalho fortemente direcionado a impactar na comunicação do crime organizado com o mercado criminoso fora dos muros das unidades prisionais.

    “Essa colaboração é decisiva para a estratégia nacional de combate ao crime organizado e contribuirá para a redução de indicadores criminais, especialmente os crimes letais intencionais que afetam a população brasileira”, avaliou Garcia.


    As revistas em pavilhões e celas têm como alvo principal a retirada de aparelhos celulares, ferramentas essenciais para o crime organizado que facilitam a perpetuação de delitos e a escalada da violência nas ruas.

    O uso clandestino desses dispositivos configura um grave problema nacional, com impactos significativos nas esferas social, psicológica e econômica.

    Para enfrentar esse desafio, a diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) está implementando novas rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e colaborando com outras forças para combater as comunicações proibidas dentro do sistema prisional.

    Com informações da Agência Brasil
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