Caso Davi Aires: DIG de Americana esclarece homicídio brutal de empresário de Hortolândia
Na noite do dia 11 de janeiro, o empresário Davi Aires Costa, de 63 anos, desapareceu após sair para um encontro religioso. Dias depois, em 18 de janeiro, seu corpo foi encontrado com sinais de violência extrema nos fundos do Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP). Após intensas investigações, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana elucidou o caso e prendeu dois envolvidos. O mentor do crime segue foragido.
DESAPARECIMENTO E INVESTIGAÇÃO
Davi Aires Costa, empresário do ramo de usinagem e morador de Hortolândia (SP), foi dado como desaparecido em 12 de janeiro. A Polícia Civil iniciou as buscas e identificou movimentações bancárias suspeitas em sua conta, o que levou ao aprofundamento das investigações.
No dia 18 de janeiro, um corpo foi encontrado no Cemitério da Saudade, em Sumaré. Exames confirmaram que se tratava de Davi. A vítima foi rendida, obrigada a realizar transferências bancárias para os criminosos e, em seguida, brutalmente assassinada.
Com a análise de dados telefônicos e financeiros, a DIG identificou os suspeitos e solicitou suas prisões. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Sumaré, Hortolândia, Campinas e Vinhedo, resultando na prisão de dois envolvidos.
PRISÕES E DETALHES DO CRIME
O primeiro preso foi W.A.E., conhecido como “Fucho”, ex-funcionário e aprendiz da vítima. Ele foi detido na casa do pai, em Campinas, e confessou participação no crime. Segundo seu relato, Davi foi atraído até o cemitério sob o pretexto de realizar um ritual religioso. Lá, foi rendido, forçado a fornecer suas senhas bancárias e a transferir dinheiro para os criminosos.
A segunda prisão ocorreu em Vinhedo, onde foi detida E.L.M., recepcionista de 22 anos. Em depoimento, ela confirmou sua participação e revelou detalhes do assassinato. Segundo ela, a vítima foi empalada ainda viva com um cabo de vassoura e, em seguida, executada com tiros na cabeça.
As investigações apontam que, após o crime, os autores realizaram novas movimentações bancárias, repassando os valores para A.M.S.S., conhecido como “Tuta”, um pai de santo que teria sido o mentor do crime. Para eliminar provas, os criminosos queimaram o celular e os pertences da vítima.
MENTOR DO CRIME SEGUE FORAGIDO
A Polícia Civil segue à procura de A.M.S.S., que teria ordenado o assassinato e ficado com o dinheiro subtraído da vítima. Segundo relatos, ele utilizava a religião para coagir seus seguidores e obter vantagens financeiras. “Fucho” alegou que foi ameaçado pelo mentor e, por medo, cometeu o crime. A motivação exata ainda está sendo apurada.
Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e seguem à disposição da Justiça. A DIG de Americana continua as investigações e trabalha para localizar e prender o terceiro envolvido.