Exército apura arsenal encontrado em apartamento incendiado em Campinas
O Comando Militar do Sudeste informou nesta segunda-feira (26) que abriu um processo administrativo para averiguar irregularidades na situação cadastral de um arsenal particular encontrado em um apartamento onde ocorreu um incêndio no sábado (24), em Campinas (SP).
Conforme divulgado anteriormente pelo Site Policial Padrão, no apartamento situado no bairro Botafogo, a polícia apreendeu 111 armas, 25 embalagens contendo pólvora, 39 embalagens com espoletas, 15 carregadores de munição.
Equipes especiais da Polícia Militar precisaram ser acionadas e retiraram duas granadas do apartamento para detonação em local adequado. Todos os moradores do prédio precisaram ser retirados do local e 37 pessoas tiveram ferimentos leves.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil investiga o caso por meio de inquérito policial instaurado pelo 1º Departamento de Polícia de Campinas.
O proprietário do imóvel, um coronel reformado identificado como Virgílio Parra Dias de 69 anos, possui, segundo o Exército, registro válido como atirador, caçador e colecionador (CAC), que permite a posse e armazenagem de armas de fogo e munições. A instituição aguarda o laudo pericial para apontar se todas as armas possuíam autorização.
Coronel encontrado ferido
Parra Dias foi internado na madrugada desta terça-feira (27) após ser encontrado em uma praça do Jardim Chapadão, com um ferimento no pescoço. O coronel foi levado ao Hospital Municipal Doutor Mário Gatti e está inconsciente. O estado de saúde é estável.
A Polícia Militar apurou que Virgílio estava na casa de outro coronel do Exército. Segundo o boletim de ocorrência, ele se ausentou e foi encontrado pelo colega, sentado em um banco, com um corte no pescoço provocado por ele mesmo e muito sangue.
Além da PM, o Corpo de Bombeiros também foi acionado. Parra Dias foi atendido e levado ao Pronto-Socorro do Hospital Santa Tereza. Na sequência, precisou ser transferido ao Mário Gatti, onde passa por procedimentos e segue sem previsão de alta.
A Polícia Científica esteve no local e realizou perícia. Um canivete foi apreendido e o caso registrado como não criminal. Além disso, uma viatura do Exército esteve no Mário Gatti para verificar a situação de Virgílio, que é militar da reserva.
Embora não seja considerado suspeito, o coronel era procurado pela Polícia Civil para prestar esclarecimentos sobre a explosão do apartamento e explicar se tinha permissão para ter tantas armas. No entanto, ele não era visto desde o ocorrido.