DIG prende dono de distribuidora com armas e produtos impróprios para consumo
Na tarde desta quarta-feira (16), policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana prenderam o dono de uma distribuidora de bebidas por crime contra a relação de consumo e porte de arma de fogo no Distrito Industrial I em Santa Bárbara d’Oeste (SP). O comerciante foi encontrado com arma, munições e produtos vencidos em seu galpão.
A operação foi realizada após uma denúncia anônima de que o proprietário do estabelecimento, além de portar arma de fogo e circulando pelo estabelecimento, estaria realizando vendas sem emissão de notas fiscais. Durante a abordagem, os policiais flagraram dois caminhões carregados de bebidas sem documentação fiscal. No local, pela Avenida Comendador Emílio Romi, também foram encontrados 1930 maços de cigarros com validade expirada desde março.
O comerciante foi detido em sua sala, onde foram localizadas uma pistola Taurus 9mm e munições do mesmo calibre, além de um carregador e, munições de .40 e cartuchos de 12. Além disso, documentos e cheques foram apreendidos para investigação de possíveis crimes tributários. Ele foi levado à DIG Americana, onde foi indiciado e encaminhado ao sistema prisional.
O QUE DIZ A EMPRESA:
Em resposta às acusações, o advogado do empresário, Dr. Fábio Rogério Giuseppin, emitiu uma nota esclarecendo que os produtos impróprios para consumo estavam em um ambiente fechado, separados para devolução ao fornecedor, e não disponíveis para venda. Sobre a posse de armas, ele afirmou que se tratava de uma arma de uso pessoal, devidamente registrada, que estava desmuniciada e guardada em um cofre de segurança. Quanto às bebidas, o advogado explicou que as notas fiscais estavam em formato eletrônico no e-mail da empresa, mas os policiais impediram o acesso aos computadores no momento da abordagem.
A defesa também alegou que a ação policial foi ilegal, pois não foi apresentado mandado de busca e apreensão. Segundo a nota, os policiais teriam retirado os circuitos de imagem da empresa para evitar que suas ações fossem registradas, e um funcionário teria sido agredido durante o procedimento. O advogado afirmou que não há irregularidades na operação da empresa e que as medidas judiciais serão tomadas, incluindo uma denúncia à Corregedoria de Polícia.