PM reincorpora mais de 700 detentos por descumprimento de regras em São Paulo
Na tarde desta quarta-feira (03), a Polícia Militar de São Paulo efetuou a prisão de 631 detentos que descumpriram as condições da saída temporária de fim de ano, além de 81 presos por cometerem crimes durante o período. Essas prisões ocorreram em diversos bairros de São Paulo (SP), marcando o término da saída temporária concedida a cerca de 34 mil detentos no estado.
Durante as festividades de final de ano, a Polícia Militar (PM) de São Paulo atuou intensivamente para garantir o cumprimento das regras impostas pela Justiça aos detentos beneficiados pela saída temporária, conhecida popularmente como “saidinha”. Essa medida é uma concessão temporária para que presos do regime semiaberto possam passar festas como Natal e Ano Novo fora das prisões.
Desde o início da “saidinha”, em 23 de dezembro, até o prazo final de retorno, em 03 de janeiro, a PM de São Paulo registrou um total de 712 prisões de detentos que violaram as condições impostas para a manutenção do benefício. Esses detentos foram imediatamente reconduzidos aos estabelecimentos prisionais, seguindo a portaria da Secretaria da Segurança Pública (SSP) em consonância com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Uma inovação significativa implementada em 2023 foi a cooperação entre a SSP e o Tribunal de Justiça de São Paulo, que permitiu aos policiais militares o acesso rápido aos processos dos réus por meio de dispositivos móveis. Isso agilizou o processo de verificação e reincorporação dos detentos que descumpriam as medidas judiciais.
Dentre os casos notórios, um homem foi detido na região da Luz, centro de São Paulo, por não estar utilizando a tornozeleira eletrônica, conforme exigido pela condição de sua saída temporária. Ele foi encaminhado de volta ao Centro de Detenção Provisória. Em outras regiões, como Ribeirão Preto e Baixada Santista, a PM também efetuou prisões significativas de detentos que desrespeitaram as normas.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, enfatizou que essas ações visam reforçar a segurança pública e reduzir a sensação de impunidade. A medida reflete o esforço contínuo das autoridades em coibir a reincidência criminal e garantir o cumprimento efetivo das penas estabelecidas pelo sistema judiciário.