PC e PM Ambiental intensificam ações contra soltura de balões em SP e aplicam mais de R$ 1 milhão em multas

Prática ilegal gerou 25 autuações e 13 investigações apenas no primeiro semestre; risco de incêndios e mortes preocupa autoridades.

Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Militar Ambiental e a Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA), divulgaram um balanço das ações de combate à soltura de balões no estado de São Paulo, classificando a prática como crime ambiental com potencial para provocar tragédias.

Somente no primeiro semestre deste ano, a PM Ambiental aplicou 25 autos de infração e mais de R$ 380 mil em multas. Já a Polícia Civil, por meio das duas delegacias da DIIMA na capital, registrou 13 ocorrências envolvendo a atividade baloeira. Em 2024, o total em penalidades aplicadas pela PM Ambiental ultrapassou R$ 1 milhão.

A soltura de balões é um crime previsto na legislação ambiental brasileira e representa sérios riscos, incluindo incêndios florestais, danos estruturais em edificações, acidentes aéreos e até mesmo mortes. Segundo o delegado João Blasi, responsável pelas investigações, a participação da população é essencial para evitar desastres. “É possível denunciar anonimamente, inclusive por canais eletrônicos”, explicou.

O capitão Felipe Leme reforçou os perigos dessa prática. “Quando um balão sobe, ninguém sabe onde vai cair. Pode atingir casas, escolas, postos de energia ou causar incêndios em áreas verdes inteiras”, alertou.

As ações de repressão são contínuas e envolvem patrulhamentos, operações e investigações. No ano anterior, a Polícia Civil cumpriu mais de 35 mandados de busca e apreensão, recolhendo balões prontos e materiais usados na fabricação desses artefatos. A corporação mantém ainda um banco de dados com informações de suspeitos e grupos ligados à prática.

As ações também fazem parte da “Operação SP Sem Fogo”, uma iniciativa interinstitucional que reúne forças de segurança e órgãos ambientais para prevenir e combater incêndios em todo o estado. A operação é dividida em fases — verde, amarela e vermelha — de acordo com o nível de risco e inclui investimentos em tecnologia, fiscalização e educação ambiental.

As autoridades reforçam que fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime, com pena de um a três anos de detenção, além de sanções administrativas e multas severas.

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Sobre o autor:

Lucas Pereira
CEO do Policial Padrão, graduado em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda (UNISAL 2010-2014), Superior em Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública (PMESP 2014-2015).