Polícia de São Paulo identifica 96% dos autores de feminicídios em 2023

    Ação efetiva da Polícia Civil e tecnologia contribuem para o alto índice de resolução de casos de feminicídio no estado, destacando a importância do registro de ocorrências.

    PORLucas Pereira

    09/03/2024 09:39

    Polícia de São Paulo identifica 96% dos autores de feminicídios em 2023

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    Imagem: SSP

    Durante o ano de 2023, a Polícia Civil do Estado de São Paulo conseguiu identificar 214 autores de feminicídios, correspondendo a 96% do total de 221 crimes registrados contra mulheres. Destes, 101 suspeitos foram capturados em flagrante, enquanto os demais foram indiciados ao longo das investigações. Apenas sete casos permanecem sem autoria conhecida. Este expressivo índice de resolução de casos demonstra o comprometimento e eficácia das autoridades paulistas no combate à violência contra a mulher.

    Apenas 63 das vítimas haviam registrado ocorrências prévias contra seus agressores, indicando uma lacuna na prevenção desses crimes. Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o estado está investindo em tecnologia e ampliação de equipes especializadas para oferecer suporte às vítimas. A delegada Jamila Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), salienta a importância de denunciar qualquer sinal de violência, reforçando que a polícia pode agir preventivamente.

    Além dos feminicídios, São Paulo registrou um aumento de 9,8% nos casos de estupros de vulnerável e estupros em 2023, totalizando 11,1 mil e 3,3 mil ocorrências, respectivamente. A subnotificação destes crimes ainda é um desafio, mas o aumento das denúncias sugere que as vítimas estão ganhando confiança para buscar ajuda.


    No âmbito investigativo, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da região do Cambuci, em São Paulo, esclareceu 93% dos feminicídios ocorridos desde 2020 na área central, resultando na prisão de 14 suspeitos. A delegada Cristine Nascimento Guedes Costa enfatiza o rigoroso trabalho de investigação para assegurar a prisão dos agressores.

    A 1ª DDM opera dentro da Casa da Mulher Brasileira, oferecendo um atendimento integrado e multidisciplinar às vítimas. Este modelo de acolhimento busca não apenas o esclarecimento dos crimes, mas também o fornecimento de suporte jurídico, social e psicológico, contribuindo para o rompimento do ciclo de violência.

    Apesar dos esforços e avanços significativos, a violência doméstica e os crimes sexuais ainda são uma realidade desafiadora. A conscientização sobre a importância do registro de ocorrências e o acesso a redes de apoio são fundamentais para proteger as mulheres e promover uma sociedade mais justa e segura.

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