Contra quarentena instituída no estado, caminhoneiros fecham faixas da Avenida Paulista

    Manifestação aconteceu nesta segunda-feira (11) e teve como principal alvo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas e o governador do estado, João Doria

    PORPatrícia di Sanctis

    12/05/2020 15:02
    Atualizado em 22/04/2024 19:48

    Contra quarentena instituída no estado, caminhoneiros fecham faixas da Avenida Paulista

    Novo rodízio da capital também alvo da manifestação (FotoRua/Folhapress)

    Na tarde desta segunda-feira (11), dezenas de caminhoneiros se reuniram em protesto contra a quarentena instituída pelo Estado de São Paulo e estacionaram seus veículos na Avenida Paulista, fechando duas faixas da via.

    Com o pedido de isolamento vertical, os manifestantes tinham como principal alvo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas e o governador do estado, João Doria, portando inclusive caixões com as imagens dos políticos.

    A fila de caminhões chegou a ter três quadras de extensão e, antes, houve carreata de vans. Havia vários adesivos com a mensagem “fora Doria”, além de reivindicações contra o novo rodízio que começou a valer nesta segunda, na capital.

    Um dos seguidores do Site Policial Padrão, enviou um vídeo com a movimentação que antecedeu o encontro dos caminhoneiros. Parte do grupo se reuniu em Barueri, onde cerca de 30 caminhões aguardavam o início da manifestação.

    CONFIRA O VÍDEO:

    A Polícia Militar (PM) negociou para que os manifestantes deixassem o local às 15h30, quando seriam escoltados até deixar a cidade. No entanto, um grupo se recusou a dispersar, alegando que respeitar o prazo da PM seria acatar as ordens de João Doria.


    Em nota, a Secretaria de Logística e Transportes do governo do estado informou que “não há restrições por parte do governo de São Paulo ao trabalho dos caminhoneiros”.

    “Contudo, a Secretaria lamenta que a manifestação seja contra o isolamento social em um momento em que o novo coronavírus já matou 3.743 pessoas no estado. A manutenção da quarentena é essencial para que o sistema de saúde comporte a demanda de pacientes e não aconteçam ainda mais óbitos”, diz o texto.

    Durante entrevista coletiva, o governador disse que não é contra manifestações, mas declarou que não aceita o fechamento de vias. Em protesto dez dias atrás, o prefeito de São Paulo afirmou que iria multar manifestantes que buzinassem nas imediações de hospitais.

    Com informações da FolhaPress

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