Contra quarentena instituída no estado, caminhoneiros fecham faixas da Avenida Paulista
Na tarde desta segunda-feira (11), dezenas de caminhoneiros se reuniram em protesto contra a quarentena instituída pelo Estado de São Paulo e estacionaram seus veículos na Avenida Paulista, fechando duas faixas da via.
Com o pedido de isolamento vertical, os manifestantes tinham como principal alvo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas e o governador do estado, João Doria, portando inclusive caixões com as imagens dos políticos.
A fila de caminhões chegou a ter três quadras de extensão e, antes, houve carreata de vans. Havia vários adesivos com a mensagem “fora Doria”, além de reivindicações contra o novo rodízio que começou a valer nesta segunda, na capital.
Um dos seguidores do Site Policial Padrão, enviou um vídeo com a movimentação que antecedeu o encontro dos caminhoneiros. Parte do grupo se reuniu em Barueri, onde cerca de 30 caminhões aguardavam o início da manifestação.
CONFIRA O VÍDEO:
A Polícia Militar (PM) negociou para que os manifestantes deixassem o local às 15h30, quando seriam escoltados até deixar a cidade. No entanto, um grupo se recusou a dispersar, alegando que respeitar o prazo da PM seria acatar as ordens de João Doria.
Em nota, a Secretaria de Logística e Transportes do governo do estado informou que “não há restrições por parte do governo de São Paulo ao trabalho dos caminhoneiros”.
“Contudo, a Secretaria lamenta que a manifestação seja contra o isolamento social em um momento em que o novo coronavírus já matou 3.743 pessoas no estado. A manutenção da quarentena é essencial para que o sistema de saúde comporte a demanda de pacientes e não aconteçam ainda mais óbitos”, diz o texto.
Durante entrevista coletiva, o governador disse que não é contra manifestações, mas declarou que não aceita o fechamento de vias. Em protesto dez dias atrás, o prefeito de São Paulo afirmou que iria multar manifestantes que buzinassem nas imediações de hospitais.
Com informações da FolhaPress