Na manhã desta quinta-feira (12), durante a inauguração da nova Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Paulínia (SP), o Governo do Estado oficializou a reclassificação das DDMs de todo o estado de São Paulo. O decreto nº 69.624, assinado pelo governador Tarcísio de Freitas, foi publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira (13) e eleva o nível hierárquico de diversas unidades especializadas no atendimento às mulheres vítimas de violência.
Com a mudança, delegacias que antes eram classificadas como de 3ª classe passaram a ser de 2ª classe, enquanto as de 2ª classe foram elevadas para 1ª classe — o nível mais alto na estrutura da Polícia Civil. A medida tem caráter administrativo e busca fortalecer as políticas públicas voltadas à segurança e proteção das mulheres.
Segundo o governador Tarcísio de Freitas, a reclassificação permitirá a contratação de mais profissionais, incluindo delegadas de classe especial, e garantirá um atendimento mais ágil e humanizado às vítimas. “Esse suporte impacta diretamente na agilidade de atendimento, obtenção de medidas protetivas e na redução da reincidência de casos de agressão”, afirmou.
A reestruturação das DDMs também prevê o aumento de recursos destinados às unidades, maior autonomia administrativa e reforço do efetivo policial. Para o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a medida atende a uma demanda histórica e representa um avanço importante no enfrentamento à violência doméstica e familiar.
A coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher no estado, delegada Adriana Liporoni, explicou que a mudança reorganiza a hierarquia interna e valoriza o trabalho das equipes que atuam diretamente na proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade. Delegadas que atuam em unidades de maior classe também poderão ser comissionadas para equiparar seu grau funcional ao da delegacia.
Na capital paulista, passaram a ser de 1ª classe as 3ª, 5ª e 9ª DDMs. Na Grande São Paulo, a mudança alcançou unidades em cidades como Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Diadema, Guarulhos, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Taboão da Serra e outras.
No interior do estado, DDMs das regiões de Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Bauru, Santos, Sorocaba, Piracicaba e Araçatuba também atingiram o nível mais elevado. A classificação levou em conta fatores como densidade populacional e volume de atendimentos registrados por cada unidade.
