Na manhã desta segunda-feira (17), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncia contra seis pessoas envolvidas no assassinato de Antonio Vinicius Gritzbach, ocorrido no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos (SP). A ação criminosa resultou em mais uma morte e deixou outras duas pessoas feridas.
De acordo com a denúncia, três integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenaram a execução do crime após Gritzbach firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Ele havia revelado detalhes sobre a atuação da facção na lavagem de dinheiro e sua relação com casos de corrupção policial.
Os promotores responsáveis pelo caso identificaram que dois policiais militares participaram diretamente da execução dos homicídios, enquanto um terceiro conduziu o veículo utilizado na fuga. Segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o local e a forma da execução foram escolhidos para enviar um recado ao Estado e demonstrar o poder de retaliação da organização criminosa.
A denúncia inclui quatro qualificadoras: perigo comum, motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas e uso de armamento de uso restrito. Uma das vítimas fatais foi um motorista de aplicativo, atingido pelas costas durante o ataque. O MPSP solicitou ainda indenizações para os familiares das vítimas e para os sobreviventes, incluindo um pedido de R$ 1 milhão por dano social, R$ 100 mil para as famílias dos mortos e R$ 20 mil para cada vítima ferida.
As investigações continuam para identificar possíveis outros envolvidos na ordem de execução.
