Exército reduz militares aquartelados após furto de armas em Barueri

    Tropa está sendo ouvida na investigação

    PORPatrícia di Sanctis

    18/10/2023 20:09
    Atualizado em 07/05/2024 22:46

    Exército reduz militares aquartelados após furto de armas em Barueri

    Exército reduz militares aquartelados após furto de armas em Barueri

    Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri, Grande São Paulo (Foto: Reprodução/Exército brasileiro)

    O Comando Militar do Sudeste informou que o Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri (SP) passou na terça-feira (17) da situação do estado de prontidão para sobreaviso, o que significa uma redução do efetivo da tropa aquartelada. “A investigação segue em curso e está sob sigilo”, disse o comando.

    Pelo menos 480 militares permaneciam aquartelados como medida administrativa, após a constatação de que 21 metralhadoras haviam sumido. Desse total, 13 são de calibre .50 – capazes de derrubar aeronaves – e oito de calibre 7,62.

    A falta do armamento foi notada no dia 10 de outubro durante uma inspeção do arsenal. Imediatamente, segundo o comando, foram tomadas todas as providências administrativas para apurar as circunstâncias do fato e instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM).

    A tropa aquartelada está sendo ouvida como parte das investigações, com o objetivo de identificar dados relevantes para a investigação.

    Os armamentos são inservíveis e estavam no arsenal, que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também por iniciar o processo desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada.


    Busca pelo armamento

    A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou, por meio de nota, que as polícias Civil e Militar estão se esforçando para auxiliar na localização das armas, além de identificar e prender os autores do furto.

    “Por meio do Muralha Paulista [rede de segurança que interliga câmeras e radares], estão sendo analisados registros digitais sobre veículos e pessoas nas vias próximas e de acesso ao local do crime com o objetivo de identificar alguma anormalidade de interesse policial”, informou a secretaria, acrescentando, no entanto, que o caso está sendo investigado pelo Exército.

    Levantamento do Instituto Sou da Paz aponta que o sumiço das metralhadoras em Barueri é o maior furto de armas do Exército desde 2009. O maior desvio até então ocorreu em 2009, quando sete fuzis foram roubados de um quartel em Caçapava, no Vale do Paraíba. Posteriormente, os sete fuzis foram encontrados.

    Com informações da Agência Brasil

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