Na manhã desta sexta-feira (23), o pátio da Academia Militar do Barro Branco, na zona norte da capital paulista, foi palco da solenidade de posse do novo comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM), coronel José Augusto Coutinho. Após mais de três décadas dedicadas à corporação, ele assume o posto mais alto da hierarquia militar estadual, em substituição ao coronel Cássio Araújo de Freitas, que entrou para a reserva.
Emocionado, Coutinho destacou a importância do momento. “É a concretização de um sonho. Nunca participei de uma cerimônia de passagem de comando e hoje assumo o maior comando da instituição. É um marco na minha trajetória”, declarou o oficial, que exercia anteriormente a função de subcomandante da corporação. O coronel Erick Gomes Bento, antigo Chefe do Gabinete do Comando Geral, assumiu o posto deixado por Coutinho.
O novo comandante-geral afirmou que dará continuidade às diretrizes do comando anterior, com foco no combate às organizações criminosas por meio da captura de lideranças, bloqueio financeiro e desarticulação logística. Ele também reforçou a importância da integração com outras forças de segurança, como o Ministério Público, o Poder Judiciário e diferentes órgãos estaduais e federais.
“Vamos buscar a simplificação de processos e rotinas administrativas, para aumentar o número de policiais disponíveis no patrulhamento preventivo. O foco é a melhoria dos indicadores e da percepção de segurança da população”, completou Coutinho.
Com 32 anos de trajetória na Polícia Militar, o coronel Coutinho iniciou sua carreira em 1992 e se formou como aspirante a oficial dois anos depois. Ao longo da carreira, liderou unidades estratégicas como o Policiamento de Choque, o 1º Batalhão de Choque Tobias de Aguiar (Rota), o 4º Batalhão de Choque – Operações Especiais, e também atuou como chefe do Estado-Maior do Comando de Policiamento de Choque.
A transição no comando da PM foi oficializada no Diário Oficial do Estado em 17 de abril. O coronel Cássio Araújo de Freitas, agora na reserva, avaliou sua trajetória de 40 anos como um ciclo de propósito e missão cumprida. “Comecei como um garoto de 14 anos que, na Páscoa, decidiu estudar para escolas militares. Essa escolha transformou minha vida”, relembrou, visivelmente emocionado.
Na despedida, o ex-comandante fez um apelo ao sucessor: “Peço que cuide dos nossos veteranos, para que todos possam, um dia, dizer que o dever foi cumprido. Obrigado por tudo o que entregamos juntos.”
