PCC mobiliza grupo de elite para retomar territórios e intensifica disputa com facção rival

O líder do PCC, Marcola, durante transferência de presídios (Foto: Jorge Santos/Oeste Notícias/Estadão Conteúdo)
Nos últimos meses, a guerra entre facções criminosas no interior de São Paulo tem se intensificado, resultando em uma onda de assassinatos. De acordo com investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o Primeiro Comando da Capital (PCC) prepara uma ofensiva para retomar territórios tomados pelo Bando do Magrelo, grupo liderado por Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como “novo Marcola”.
Desde o surgimento dessa facção rival, ao menos 30 integrantes do PCC foram mortos. O Bando do Magrelo expandiu sua atuação para pelo menos oito cidades e tem promovido uma perseguição sistemática contra membros da maior organização criminosa paulista.
Para conter o avanço do grupo inimigo, o PCC teria acionado sua “restrita tática”, uma célula altamente seletiva, considerada a tropa de elite da facção. Segundo informações de inteligência da Polícia Militar, esse grupo já está se movimentando para a região de Rio Claro e deve entrar em ação nas próximas semanas. A expectativa é de um ano marcado por intensos confrontos e aumento da violência.
A coordenação da ofensiva estaria a cargo de Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal, de 52 anos, apontado como uma das maiores lideranças do PCC fora do sistema prisional. Em outubro de 2023, ele deixou a Penitenciária Federal de Mossoró após cumprir nove anos de prisão por roubo, ameaça e formação de quadrilha. Pouco depois de voltar às ruas, um relatório do MPSP já indicava seu envolvimento com a chamada “sintonia restrita”, grupo responsável por planejar ataques contra autoridades como o senador Sergio Moro e o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).
A Polícia Militar e o Ministério Público monitoram a movimentação dos grupos criminosos e avaliam estratégias para conter a escalada da violência. Com a disputa territorial em curso, a previsão é de que os confrontos entre as facções continuem, colocando em risco a segurança de diversas cidades do interior paulista.
fonte: metrópoles