Na manhã desta quarta-feira (28), a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo anunciou que mais de 500 prefeituras paulistas já iniciaram o processo de adesão ao Muralha Paulista, programa estadual de segurança que integra tecnologia de monitoramento para combate à criminalidade em tempo real. A iniciativa, que já está em operação nas cidades de São Paulo, Praia Grande, São Carlos e Indaiatuba, vem ganhando força com o avanço da integração entre Estado e municípios.
O Muralha Paulista conecta as câmeras de monitoramento dos municípios ao sistema estadual, permitindo identificar automaticamente foragidos da Justiça, pessoas desaparecidas e veículos roubados ou furtados. O sistema já cobre 100% do território de Praia Grande e São Carlos, servindo como modelo para os demais municípios.
“Esse é um grande avanço em segurança pública com uso de tecnologia. O sistema gera alertas em tempo real e tem sido fundamental para o controle da mobilidade criminal, fortalecendo a atuação das nossas forças policiais”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
A tecnologia do programa realiza o cruzamento de dados com o Banco Nacional de Mandados de Prisão e utiliza reconhecimento facial para identificar suspeitos. Ao detectar uma correspondência, o sistema emite um alerta instantâneo ao centro de operações responsável, agilizando a resposta das autoridades.
O processo de adesão passa por análise jurídica e compatibilidade tecnológica. A previsão da SSP é de que todos os municípios interessados estejam integrados até o fim de 2025. A solicitação de adesão pode ser feita diretamente no site oficial do programa, por meio de formulário.
Além do monitoramento, o Muralha Paulista oferece um aplicativo exclusivo para agentes da Polícia Civil, Polícia Militar e Guardas Municipais. A ferramenta permite consultas imediatas sobre mandados de prisão, IMEI de celulares, registro de armas e até vínculo com plataformas de entrega, facilitando abordagens mais eficazes.
“O Muralha Paulista é a primeira vez que o Estado conecta os municípios em um sistema unificado de segurança pública, funcionando como um grande concentrador de dados”, explicou o subsecretário de projetos da SSP, Rafael Ramos.
Toda a operação do sistema é regulamentada por decreto e segue as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com monitoramento da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), garantindo sigilo, integridade e governança das informações.
A ampliação do programa reforça a estratégia do Governo do Estado em investir em tecnologia como ferramenta para prevenção e repressão qualificada da criminalidade em São Paulo.
