Na manhã desta sexta-feira (6), uma tragédia abalou o município de Limeira (SP): o advogado e procurador da Prefeitura, Rafael Horta, de 40 anos, matou a tiros sua esposa Cristiane Laurinto da Silva, de 36 anos, e o filho do casal, Theo, de apenas dois meses, no interior da residência onde moravam, no condomínio Roland 1, na zona urbana da cidade. Após os assassinatos, Rafael tirou a própria vida com um disparo de arma de fogo.
Segundo informações apuradas no local, vizinhos ouviram barulhos semelhantes a disparos por volta das 8h da manhã. Logo em seguida, um familiar próximo chegou à residência e encontrou os três corpos sem vida. O bebê estava em seu berço no quarto e a esposa caída em outro cômodo. Em seguida, o corpo do advogado foi localizado com uma arma de fogo ao lado.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas e um médico confirmou os óbitos ainda no local. A Polícia Militar (PM) isolou a área e acionou a Polícia Civil e a Polícia Técnico-Científica, que realizaram os trabalhos periciais no interior da residência.
A motivação para o crime ainda está sendo investigada, mas relatos preliminares apontam que o casal enfrentava desentendimentos. Rafael Horta era ex-militar e atuava como procurador jurídico da Prefeitura de Limeira. Ele não tinha registros de antecedentes criminais, mas, segundo fontes próximas, apresentava sinais recentes de instabilidade emocional.
Em vídeo gravado momentos antes da tragédia, Horta demonstrava forte desequilíbrio psicológico e insinuava que tomaria uma atitude extrema. A gravação circula nas redes sociais e tem sido usada pela Polícia Civil através da 2ª Delegacia de Polícia de Limeira para ajudar a entender a dinâmica e o possível motivo da tragédia.
Cristiane era conhecida por amigos e colegas como uma mulher alegre e dedicada à maternidade. A morte dela e do bebê gerou comoção nas redes sociais e entre os moradores do condomínio.
A Prefeitura de Limeira se posicionou com uma nota de pesar:
“A Prefeitura de Limeira lamenta profundamente a tragédia ocorrida nesta sexta-feira (6) envolvendo o procurador jurídico Rafael Horta e manifesta solidariedade aos familiares e amigos das vítimas.
Neste momento difícil, a Administração Municipal expressa seu pesar e respeito a todos os envolvidos. Demais informações sobre o caso devem ser buscadas junto à Polícia Militar e à Polícia Civil”
A Polícia Civil segue com a investigação para concluir o inquérito, que será tratado como feminicídio, homicídio qualificado contra o filho e suicídio consumado. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
A tragédia escancarou mais uma vez a urgência em lidar com questões de saúde mental e violência doméstica, que seguem fazendo vítimas de forma brutal no país.
