Na manhã desta quarta-feira (7), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, prendeu um homem de 37 anos acusado de atuar como principal negociador de ouro e joias da quadrilha liderada pela conhecida “mainha do crime”, detida em fevereiro deste ano. O criminoso foi capturado em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo (SP), durante a Operação Ouro Reverso.
A prisão temporária foi cumprida após trabalho investigativo do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que identificou o envolvido como “flecha” da organização. Ele era responsável por receber os metais preciosos provenientes de furtos e roubos e revender rapidamente para lojas no centro da capital, mantendo o fluxo financeiro da organização criminosa. Com ele, os policiais encontraram R$ 80 mil em espécie.
A operação também resultou na apreensão de cerca de R$ 2,7 milhões em ouro e joias, além de R$ 157 mil em dinheiro. Três lojas clandestinas utilizadas para derretimento do material foram identificadas e tiveram o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) cassado. Em um dos estabelecimentos, localizado no centro de São Paulo, foram encontradas 12 alianças intactas, que estão sendo analisadas pelo Deic para identificar as vítimas.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em diversos pontos da capital, como Cambuci, Sé, Aclimação, Jardim Paulista, Vila Carrão e Vila Jacuí, além de cidades da Grande São Paulo como Guarulhos, Taboão da Serra, Barueri, Mairiporã, Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos, e também no interior, em Campinas.
Ao todo, dez pessoas e onze empresas estão sendo investigadas por envolvimento no esquema. Celulares e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para aprofundar as investigações. O suspeito preso poderá responder por crimes de receptação e participação em organização criminosa.
A operação contou com apoio da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, que auxiliou na verificação de documentos fiscais e regularidades cadastrais dos alvos, além de avaliadores da Caixa Econômica Federal, que acompanharam os trabalhos para análise técnica dos bens apreendidos.
A líder da quadrilha, conhecida como “mainha do crime”, foi presa no dia 18 de fevereiro em Paraisópolis, zona sul da capital. Ela é apontada como financiadora de roubos, fornecedora de armas e compradora de produtos ilícitos, com passagens anteriores por porte ilegal de arma e receptação.
