PC reabre inquérito de estupro em Francisco Morato após confronto de DNA no banco genético

Material genético colhido em 2018 foi confrontado com perfil de preso por outro estupro, levando ao indiciamento do agressor.

Na manhã desta sexta-feira (10), a Polícia Civil (PC) reabriu um inquérito de estupro arquivado desde 2018, após exames de DNA confirmarem a autoria do crime ocorrido próximo a um ponto de ônibus em Francisco Morato, na Grande São Paulo (SP). O material genético colhido na época e armazenado no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) coincidiu com o DNA de um homem atualmente preso por outro estupro, o que levou ao indiciamento e novo pedido de prisão preventiva do agressor.

Na ocasião do crime, a vítima foi atendida pelo Instituto Médico Legal (IML), onde exames periciais confirmaram a presença de sêmen masculino. No entanto, sem conseguir identificar o autor, o inquérito foi arquivado. Com a continuidade dos mutirões de coleta de material genético em penitenciárias, realizados pelo Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística (IC), foi possível inserir no sistema o DNA de condenados por crimes sexuais. Um desses perfis coincidiu com o material colhido em duas vítimas de estupro, sendo uma delas a mulher atacada em 2018.

Diante da correspondência genética, os peritos emitiram um laudo técnico e encaminharam à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Francisco Morato, responsável pela investigação original. O delegado Bruno Rafael Filhiolino elaborou novo relatório com o indiciamento do suspeito, atualmente detido na Penitenciária de Lucélia (SP), e solicitou o desarquivamento do caso ao Poder Judiciário.

Segundo a perita criminal Ana Claudia Pacheco, diretora do núcleo responsável pela análise, a atuação da equipe vai além dos exames laboratoriais. “Damos respostas às vítimas, mesmo depois de anos do trauma. Qualquer crime esclarecido é um avanço”, afirmou. Ela também destacou a importância da constante atualização do banco genético: “Quanto mais o banco é alimentado, maiores são os resultados”.

Com a reabertura do inquérito e a robustez da prova genética, a expectativa da Polícia Civil é que o acusado receba nova condenação e uma pena ainda mais severa.

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Sobre o autor:

Lucas Pereira
CEO do Policial Padrão, graduado em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda (UNISAL 2010-2014), Superior em Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública (PMESP 2014-2015).