Na manhã desta quinta-feira (5), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana (SP), com apoio de equipes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), prendeu Luma Valeria Rovagnollo, conhecida como “Penélope” ou “bela”, foragida da Justiça e apontada como liderança da ala feminina do Primeiro Comando da Capital (PCC). A criminosa foi capturada no bairro Aricanduva, em São Paulo (SP), em cumprimento a mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal do Foro de Americana, pelo roubo a uma residência no condomínio de luxo Terras do Imperador.
O crime aconteceu na manhã do dia 30 de julho de 2022, por volta de 11h30. Na ocasião, a vítima chegava em casa quando foi surpreendida por dois homens armados que desceram de um veículo Ford Fusion branco com placas sugestiva a faccão, conduzido por uma mulher loira, que, segundo a vítima, aparentava ser uma nova moradora do condomínio. Após render a vítima, os criminosos a trancaram no banheiro e fugiram levando joias avaliadas em R$ 40 mil, um relógio de luxo avaliado em R$ 150 mil, capacetes de alto desempenho no valor de R$ 13 mil, além de outros objetos de valor.

A Polícia Técnica Científica foi acionada, e imagens de câmeras de segurança da portaria flagraram com clareza o rosto da mulher no volante do veículo, posteriormente identificada como Luma Rovagnollo. Após investigação e trabalho de inteligência da DIG, foi constatado que ela havia alugado o imóvel no condomínio com documentos falsos, justamente para planejar e executar o crime.

A identificação foi confirmada com base em banco de dados e reconhecimento fotográfico feito pela vítima. Com histórico extenso no crime organizado, Luma já havia sido presa em flagrante em 2018 por estar em posse de armas de grosso calibre, incluindo um fuzil 762 e diversas pistolas 9 mm, transportadas em compartimentos ocultos de um veículo. Três meses após a prisão, foi beneficiada com regime de prisão albergue, mas não cumpriu as condições impostas pela Justiça e passou à condição de procurada.
Em 2020, Luma voltou a ganhar notoriedade ao ser alvo da operação “Kleptos”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) em Ribeirão Preto (SP). Na ocasião, foi apontada como participante de articulações do PCC para influenciar eleições municipais, e passou a ser procurada pelas autoridades.
Segundo informações da Polícia Civil, havia registros de denúncias anônimas indicando que ela estaria se escondendo em uma loja de piscinas pertencente ao irmão. Com atuação comprovada em diversas regiões do estado e com envolvimento direto com o crime organizado, sua prisão era considerada prioridade nas investigações conduzidas pela DIG de Americana.
Com a prisão de Luma nesta quinta-feira, a Polícia Civil de São Paulo conclui uma das etapas mais relevantes da investigação do roubo milionário ao condomínio Terras do Imperador. A criminosa permanece presa e à disposição da Justiça. A ação reforça o compromisso das autoridades no enfrentamento ao crime organizado e à atuação de facções em crimes patrimoniais de alto impacto.