Rede Social é investigada por manter no ar conteúdo violento

    Rede social ignorou solicitação emergencial da Polícia Civil de São Paulo e permitiu exibição ao vivo de conteúdos violentos, incluindo estupros virtuais e automutilação.

    PORCaio Lausi

    07/04/2025 22:25
    Atualizado em 08/04/2025 22:36

    Rede Social é investigada por manter no ar conteúdo violento

    Rede Social é investigada por manter no ar conteúdo violento (Foto: Polícia Civil)

    Rede Social é investigada por manter no ar conteúdo violento (Foto: Polícia Civil)

    A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para investigar uma plataforma online que permitiu a transmissão ao vivo de cenas de violência dirigidas a crianças e adolescentes. A apuração foi iniciada na quinta-feira, 28 de março, após a empresa descumprir um pedido emergencial das autoridades para encerrar imediatamente a exibição do conteúdo.

    O caso foi identificado por policiais do Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD), que realizavam o monitoramento de um grupo especializado em divulgar imagens violentas para centenas de usuários. Apesar da gravidade da situação, a plataforma afirmou que o pedido da Polícia não tinha caráter emergencial, e manteve a transmissão no ar.

    De acordo com a delegada Lisandréa Salvariego, coordenadora do NOAD, o encerramento imediato da live poderia ter interrompido o crime. “Solicitamos aos responsáveis pela plataforma que derrubassem o servidor, pois isso acabaria com o crime imediatamente”, afirmou.

    Diante da negativa, os investigadores reuniram provas e elementos técnicos e elaboraram um relatório de inteligência que foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A partir da análise do material, foi determinada a instauração formal do inquérito para aprofundamento das investigações.

    Durante a transmissão, os chamados “líderes” do grupo submetiam usuários a diversos tipos de violência digital, como estupros virtuais, indução à automutilação e promoção de conteúdos de pornografia infantil. As transmissões são realizadas com o objetivo de obter notoriedade e reconhecimento dentro da comunidade digital, envolvendo tanto menores quanto adultos, conforme apontaram agentes infiltrados.


    A empresa responsável pela rede social foi intimada e deverá apresentar seus representantes legais no Brasil para prestar depoimento. Os policiais também irão colher informações de outros envolvidos e reforçam a necessidade de colaboração imediata de plataformas digitais em casos envolvendo crimes contra menores.

    É extremamente importante para qualquer investigação que haja uma intensa colaboração por parte das plataformas. Nesse caso, mesmo com uma cena tão violenta, nós não tivemos apoio. Se tivéssemos, poderíamos impedir essa incitação a algo horrível”, concluiu a delegada.

    A Polícia Civil reforça que o combate à violência digital contra menores exige ação coordenada entre os setores público e privado, com foco na prevenção, interrupção de transmissões criminosas e responsabilização dos envolvidos.

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