Na manhã desta quinta-feira (8), a Polícia Civil (PC) prendeu um homem de 31 anos, apontado como um dos maiores receptadores de celulares furtados e roubados do centro de São Paulo (SP). Ele foi surpreendido pelos policiais no momento em que estacionava o carro na garagem de um prédio no bairro Santa Ifigênia, onde funcionava um apartamento utilizado exclusivamente como depósito de produtos ilícitos.
A ação foi realizada por equipes da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 1ª Delegacia Seccional da capital, durante o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão como parte da Operação Big Mobile. A ofensiva, que está em sua terceira fase, já recuperou mais de 16 mil celulares sem origem comprovada em todo o estado.
No carro do suspeito, os agentes encontraram 28 celulares armazenados em um saco. Já dentro do apartamento, foram apreendidos mais 45 aparelhos de alto valor no mercado, cerca de 500 capas de celular, cinco relógios, dois notebooks e documentos de vítimas. O imóvel estava vazio, sem móveis, e tinha como única finalidade o armazenamento e a manipulação dos aparelhos furtados e roubados. Os notebooks, segundo a investigação, eram usados para resetar os dispositivos e prepará-los para revenda, inclusive no exterior.
As investigações começaram há dois meses, após rastreamento de sinais de celulares roubados que indicavam como destino o endereço do imóvel na região central. O homem, de origem estrangeira, alugou o apartamento utilizando nome falso, o que reforçou os indícios de envolvimento no esquema criminoso.
De acordo com o delegado Ronald Quene Justiniano, titular da Cerco, o grupo operava de forma sofisticada. “Estamos falando de uma quadrilha especializada, que usava software específico para resetar os aparelhos e revender fora do país. Graças ao trabalho de inteligência conseguimos prender um dos principais nomes desse tipo de crime”, afirmou.
O valor estimado dos produtos apreendidos gira em torno de R$ 3 milhões. O preso, que já tinha antecedentes por receptação, segue à disposição da Justiça. Três vítimas compareceram à delegacia nesta quinta-feira para recuperar seus aparelhos. As investigações continuam para identificar outros envolvidos na rede de receptação que atua na região central da cidade.
