O Governo do Estado de São Paulo deu início a uma nova fase do programa Muralha Paulista, que busca ampliar a colaboração da população com a segurança pública em todo o estado. Desde terça-feira (9), câmeras privadas de monitoramento instaladas em casas, prédios ou comércios e voltadas para a via pública podem ser cadastradas no sistema, tornando-se mais um pilar no combate à criminalidade.
As imagens ficam armazenadas em um banco de dados coordenado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e já têm auxiliado na captura de foragidos da Justiça por meio de reconhecimento facial, na recuperação de veículos roubados ou furtados e até mesmo na localização de pessoas desaparecidas.
O Muralha Paulista foi criado pelo Decreto nº 68.828, de 4 de setembro de 2024, com o objetivo de controlar a mobilidade criminal e aumentar a eficácia das ações policiais. A iniciativa integra tecnologias como leitura automática de placas, reconhecimento facial e monitoramento em tempo real, com o apoio de milhares de câmeras privadas e públicas espalhadas por todo o estado. Esses sistemas estão conectados a um banco de dados que reúne informações de diferentes órgãos públicos.
Como cadastrar câmeras privadas
O processo é simples e voluntário. O cadastramento é feito pelo Portal da Segurança, com login na conta gov.br. O interessado deve informar o fabricante da câmera e o endereço da instalação.
É possível registrar desde uma única câmera até um lote completo, dependendo da quantidade de equipamentos disponíveis. A plataforma oferece um manual detalhado para auxiliar no procedimento.
O colaborador precisa assinar um termo de adesão, autorizando o uso das imagens captadas. O sistema opera com acessos restritos, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo segurança e privacidade.
Após o envio das informações, a Coordenadoria de Gestão da Informação (CGI) da SSP fará a validação do cadastro, e o voluntário receberá a confirmação por e-mail.