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    Polícia Federal deflagra Operação Aluir contra esquema bilionário de lavagem de dinheiro com criptoativos

    Organização criminosa movimentou mais de R$ 6,7 bilhões por meio de empresas de fachada e criptoativos

    PORLucas Pereira

    16/08/2024 06:25
    Atualizado em 16/08/2024 06:25

    Polícia Federal deflagra Operação Aluir contra esquema bilionário de lavagem de dinheiro com criptoativos

    Na manhã desta quinta-feira (15), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Aluir, visando desarticular uma organização criminosa especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos. Esta ação marca a 3ª fase da Operação Colossus, que expôs um esquema bilionário envolvendo a conversão de recursos financeiros de origem criminosa em criptoativos.

    Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão preventiva contra os principais integrantes do grupo criminoso, liderado por um indivíduo preso na fase anterior da operação. Outros dois suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada, mas não foram localizados e agora são considerados foragidos da Justiça. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro patrimonial e o bloqueio de bens dos envolvidos, totalizando mais de R$ 6,7 bilhões.

    As investigações revelaram que os criminosos recebiam valores de diversas origens ilícitas em contas bancárias de empresas de fachada controladas por “laranjas”. Esses recursos eram sucessivamente transferidos entre as contas dessas empresas e, posteriormente, convertidos em criptoativos, enviados para carteiras digitais (wallets) sob controle da organização.


    Foram identificadas pelo menos 68 empresas de fachada controladas pelo grupo. De acordo com um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do COAF, apenas nove dessas empresas movimentaram mais de R$ 6,7 bilhões entre 2022 e 2023. Um dos presos nesta operação é um gerente bancário de uma instituição financeira pública, que facilitava as transações ilícitas, mesmo ciente da origem criminosa dos valores. Ele também atuava de forma ativa para reverter bloqueios realizados pelo setor de compliance da instituição.

    A operação também revelou que um dos mandados de prisão preventiva foi emitido contra uma cidadã brasileira residente em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, considerada um membro importante da organização criminosa. Ela se evadiu do Brasil após as prisões realizadas na 2ª fase da Operação Colossus e agora consta na difusão vermelha da Interpol, com o escritório central da polícia local em Abu Dhabi já comunicado.

    A Operação Aluir representa mais um passo significativo da Polícia Federal na luta contra a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas, utilizando criptoativos como meio para ocultar a origem criminosa dos recursos.

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