Nesta terça-feira (26), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sisamnes, destinada a desmantelar um esquema de venda de decisões judiciais e vazamento de informações confidenciais. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em estados como Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal.

Entre os alvos estão residências de chefes de gabinete ligados aos ministros Moura Ribeiro e Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A operação envolve advogados, empresários, lobistas, assessores e magistrados, reforçando a abrangência do esquema investigado.

Segundo as apurações, valores eram pagos em troca de decisões judiciais favoráveis a interesses privados. Informações sigilosas, como detalhes de operações policiais, também teriam sido negociadas. O lobista Anderson de Oliveira Gonçalves foi preso preventivamente por ordem do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, a defesa de Anderson não se pronunciou.

O STF autorizou a operação e impôs medidas cautelares, como afastamento de funções públicas de servidores e membros do Judiciário, monitoramento eletrônico dos investigados, além de bloqueio e sequestro de bens e valores.

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