Na manhã desta terça-feira (18), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prendeu dois criminosos pela prática de receptação qualificada e associação criminosa durante a operação Rota Fantasma, na área rural de Rio Claro (SP).
A ação começou após informações de inteligência e apoio de empresas do setor logístico indicarem que uma carga de polipropileno, avaliada em cerca de R$ 385 mil, poderia ter sua rota desviada. O material, composto por 21 bags e aproximadamente 23 toneladas, havia sido carregado em Pindamonhangaba (SP) com destino à cidade de Goiana (PE).
Durante o monitoramento da operação Rota Fantasma, a equipe constatou que o caminhão deixou o trajeto contratado e descarregou os bags em uma chácara localizada na Estrada Sobrado, próximo à rotatória de Ferraz. No local, dois homens foram flagrados auxiliando no descarregamento e acabaram detidos. A perícia esteve presente para análise e registro dos bens recuperados.
As investigações também revelaram que o motorista do transporte utilizou documentos e placas possivelmente falsos, atuando em conjunto com um grupo criminoso especializado em desvio de cargas. A empresa responsável, sediada em Betim (MG), já havia registrado o desaparecimento do motorista e do caminhão junto à Polícia Civil de Minas Gerais.
Após comprovação documental, toda a carga foi devolvida ao representante da empresa. Dois homens foram presos e outros dois identificados, com as apurações seguindo em andamento.
O que é polipropileno?
O polipropileno é um polímero termoplástico amplamente utilizado na indústria devido à sua leveza, resistência, durabilidade e versatilidade. É fabricado a partir do propileno, um derivado do petróleo, e serve para a produção de diversos materiais, como bags industriais, embalagens rígidas e flexíveis, peças automotivas, utensílios domésticos, componentes hospitalares e tubulações.
Ele é valioso no mercado por sua grande procura, facilidade de transporte, resistência e possibilidade de reciclagem. Por isso, cargas de polipropileno costumam ser alvo de quadrilhas especializadas em desvio e receptação, já que possuem alto valor agregado e fácil revenda ilícita.
Por que o nome Operação Rota Fantasma?
O nome “Rota Fantasma” faz referência ao desaparecimento repentino de veículos que desviam de seus trajetos regulares, prática comum em esquemas de roubo, furto e receptação de cargas. O termo remete à ideia de que o caminhão “some” da rota original, dando origem a um trajeto paralelo, oculto e fraudulento — a chamada rota fantasma.














