Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Civil (PC), o Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Secretaria da Fazenda deflagraram a Operação Plush, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro por meio de lojas de brinquedos de pelúcia.
A operação cumpre seis mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais, sendo dois na capital paulista, um em Guarulhos e outro em Santo André, no ABC Paulista. As ações contam com o apoio de agentes da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Estratégicas (DOPE).
As investigações tiveram início após a identificação de movimentações financeiras suspeitas realizadas por duas mulheres sem ocupação lícita declarada, que fizeram altos investimentos para abrir lojas de uma rede de franquias de brinquedos de pelúcia. De acordo com a apuração, as suspeitas são familiares de um traficante assassinado em 2022, apontado como um dos principais fornecedores de drogas da capital.
A Polícia Civil e o Gaeco acreditam que o grupo utilizava as lojas para lavar grandes quantias de dinheiro oriundo do tráfico, simulando rendimentos comerciais legais a partir da venda de produtos infantis.
Durante as diligências, foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos e registros contábeis que podem comprovar o fluxo financeiro entre o comércio de fachada e os integrantes da facção criminosa.
As investigações seguem em andamento sob sigilo judicial, e os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Significado da Operação Plush
O nome “Plush” faz referência ao termo em inglês usado para designar tecidos felpudos ou brinquedos de pelúcia, remetendo ao tipo de produto comercializado nas lojas utilizadas pelo grupo criminoso para mascarar o lucro obtido com o tráfico de drogas.














