Na manhã desta quarta-feira (26), a Polícia Civil (PC) iniciou a quarta fase da Operação Big Mobile, que busca combater organizações criminosas envolvidas na receptação de celulares roubados ou furtados em diversas cidades do estado de São Paulo. A ação resultou em fiscalizações simultâneas em endereços mapeados por meio de levantamentos de inteligência, com foco principalmente em estabelecimentos que apresentavam indícios de negociação de aparelhos sem procedência.
Segundo a corporação, o planejamento para esta etapa partiu da análise detalhada de boletins de ocorrência registrados pelas vítimas, permitindo identificar padrões e locais para onde os celulares são direcionados logo após o crime. As equipes iniciaram as incursões logo no início da manhã, reforçando o cerco contra pontos de revenda e distribuição ligados ao crime organizado.
O delegado-geral destacou que a colaboração das vítimas é essencial, especialmente quando informam detalhes importantes sobre o crime, como dinâmica, endereço e número do IMEI — identificação única do aparelho —, facilitando o rastreamento e aumentando as chances de recuperar os celulares subtraídos.
Nas três primeiras fases da Operação Big Mobile, a Polícia Civil apreendeu mais de 26 mil celulares sem procedência em várias regiões do estado. Com a nova fase em andamento, a expectativa é ampliar ainda mais os resultados e enfraquecer redes criminosas especializadas na receptação e revenda irregular desses aparelhos.
As ações seguem durante todo o dia, incluindo fiscalizações, cumprimento de mandados judiciais e buscas voltadas à identificação de receptadores e à desarticulação de novos núcleos envolvidos na comercialização ilegal de celulares.
Operação Big Mobile — por que esse nome?
O nome “Big Mobile” remete ao grande volume de celulares envolvidos nas ações da Polícia Civil, simbolizando a dimensão do problema e o foco do trabalho na identificação, apreensão e rastreamento dos aparelhos subtraídos e direcionados ao comércio ilegal.
A palavra “Big” reforça a amplitude das investigações e o impacto do mercado clandestino de telefonia no estado, enquanto “Mobile” se refere diretamente aos dispositivos móveis que motivam toda a operação.
Entenda o caso
A Operação Big Mobile foi criada para combater o crescente mercado de celulares roubados ou furtados em São Paulo. Desde sua implantação, o trabalho integrado das forças de segurança tem identificado estabelecimentos e grupos responsáveis pela receptação e revenda clandestina desses aparelhos.
O SP Mobile, sistema estadual de rastreamento, também tem sido fundamental no enfrentamento ao crime. Desde sua expansão, mais de 11 mil celulares foram recuperados por meio de comparecimentos, buscas e ações conjuntas da Polícia Civil e da Polícia Militar em pontos de comércio ilegal.
O sistema permite que aparelhos cadastrados pelas vítimas sejam monitorados, facilitando seu reencontro e a responsabilização dos receptadores. Além das fiscalizações, as equipes cumprem mandados judiciais e realizam operações constantes, tornando o estado referência no combate a esse tipo de crime.















