Na manhã desta quinta-feira (12), a Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté deflagrou uma operação Hydra contra o tráfico de drogas, resultando no cumprimento de 32 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão em diversas cidades do estado de São Paulo. Ao todo, 26 pessoas foram presas temporariamente, sendo que 12 delas já estavam presas por outros crimes.
O principal núcleo da organização criminosa foi identificado em Pindamonhangaba (SP), onde ocorreram dez prisões, uma delas em flagrante. As demais detenções aconteceram em São José dos Campos, Ubatuba, Praia Grande, e também em cidades como São Paulo, Guaratinguetá, Ilhabela, Jacareí, Lorena, Taubaté, Tremembé e Santos.
A ação, batizada de Operação Hydra, é fruto de um ano de investigações e contou com apoio de diferentes unidades da Polícia Civil, do Serviço Aerotático da instituição e de guardas civis municipais. Os mandados foram remetidos à Secretaria de Administração para formalização das ordens judiciais.
De acordo com o delegado responsável pela operação, as principais lideranças presas têm ligação direta com o crime organizado. Além das prisões, os policiais apreenderam celulares dos investigados, que agora serão analisados para aprofundar as investigações e identificar outros envolvidos na logística do tráfico nas regiões atingidas.
Operação Hydra — o nome e seu significado
O nome Hydra faz referência à criatura mitológica grega conhecida por ter múltiplas cabeças e a habilidade de fazer crescer duas novas sempre que uma era cortada. A escolha simboliza a complexidade e a ramificação da organização criminosa investigada, que atuava de forma descentralizada em diversas regiões do estado. Assim como a figura mitológica, o grupo buscava manter sua estrutura ativa mesmo diante de prisões anteriores, exigindo da Polícia Civil uma ação coordenada e simultânea em várias cidades para enfraquecer o esquema de tráfico de drogas.