Polícia Militar de São Paulo lança Cabine Lilás para atendimento especializado a mulheres vítimas de violência

    O projeto piloto na capital busca aprimorar o suporte a mulheres agredidas, oferecendo orientação e informação através do 190.

    PORLucas Pereira

    09/03/2024 09:03
    Atualizado em 09/03/2024 11:09

    Polícia Militar de São Paulo lança Cabine Lilás para atendimento especializado a mulheres vítimas de violência

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    Imagem: SSP

    Na semana corrente, a Polícia Militar do Estado de São Paulo deu início ao funcionamento da Cabine Lilás, um projeto piloto lançado na capital para oferecer atendimento e orientação especializada a mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. Este novo serviço, operado dentro do Centro de Operações da PM (Copom), conta com 25 policiais femininas treinadas por equipes da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para prover um suporte mais eficaz às vítimas.

    Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o projeto visa aperfeiçoar o primeiro contato dessas mulheres com a segurança pública, oferecendo uma escuta qualificada e informações necessárias para que possam sair da situação de vulnerabilidade. A iniciativa reflete o compromisso do governo estadual em expandir o projeto para todo o território paulista em breve.

    A soldado PM Thamiris Lopes, que participou da capacitação, ressaltou a importância do novo atendimento. Além do suporte técnico de urgência e emergência já existente, agora as policiais fornecem informações cruciais que ajudam a vítima a compreender seus direitos e as redes de apoio disponíveis, facilitando o registro do Boletim de Ocorrência e o acesso a serviços especializados de assistência jurídica.


    Com essa inovação, a PM busca humanizar ainda mais o atendimento, permitindo uma conexão mais profunda com as vítimas sem perder o profissionalismo exigido pelas circunstâncias. A Cabine Lilás opera 24 horas por dia, assumindo permanentemente os chamados de violência doméstica ou familiar, que somam cerca de 320 ocorrências diárias apenas na cidade de São Paulo e mais de 1,1 mil em todo o estado.

    A coordenadora das DDMs, Jamila Ferrari, enfatizou a necessidade de uma abordagem integrada em políticas públicas para interromper o ciclo de violência contra a mulher. Segundo ela, embora a segurança pública seja a porta de entrada para muitas vítimas, é necessário um atendimento multidisciplinar que inclua suporte social e psicológico para efetivamente romper com o ciclo de violência.

    Este projeto piloto representa um avanço significativo na abordagem da violência doméstica e familiar em São Paulo, prometendo não só melhorar a qualidade do atendimento inicial às vítimas, mas também oferecer um caminho mais claro para a superação dessa situação de risco.”

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