Você já ouviu falar em psicopatas?

    PORVanderlei de Lima

    04/03/2021 14:20
    Atualizado em 01/05/2024 18:42

    Você já ouviu falar em psicopatas?

    Prezado(a) leitor(a), é quase certo que, ao menos uma vez, você já ouviu falar sobre psicopatas. Para ajudá-lo(la) nesse tema, lançamos, em perguntas e respostas, o livro Psicopatas: quem são? Como agem? Que fazer com eles (Ixtlan, 2020, 67 páginas).

    Capa do livro “Psicopatas”, clicando na imagem entra no site de compras.

    Pois bem, os psicopatas são pessoas frias e perversas divididas em graus leve, moderado e severo. Embora o modo de agir varie de um grau para outro, todos deixam rastros de destruição por onde passam. São predadores natos de quem lhes cruzar o caminho. Tentar estabelecer vínculo afetivo com eles é prejuízo certo! Daí escrever a Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, estudiosa brasileira, que, enquanto “os primeiros se dedicam a trapacear, aplicar golpes e pequenos roubos, mas provavelmente não ‘sujarão as mãos de sangue’ ou matarão suas vítimas, […] os últimos, botam verdadeiramente a ‘mão na massa’, com métodos cruéis sofisticados, e sentem um enorme prazer com seus atos brutais” (Mentes perigosas, 2008, p. 17).

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    Explicando melhor: os de graus leve e moderado são galanteadores de mulheres para lhes tirar dinheiro, aplicadores de “contos do vigário”, sugadores de ingênuos empresários, anunciadores de sucessos impossíveis etc., já os de grau severo matam com requintes de crueldade – esta é uma de suas grandes marcas – em série (serial killers) ou não e, às vezes, são também assassinos em massa (matam a muitos em pouco tempo em escolas, shoppings, praças etc.). Daí a razão desse livro introdutório: alertá-lo(la), citando o que de melhor se publicou, a nosso ver, recentemente, sobre o tema no Brasil.


    O livro está dividido em duas partes. Na primeira, expõe a definição de psicopata e suas consequências imediatas: Como identificá-los? Devem ser punidos por seus crimes ou não? Se sim, onde e como? Que fazer ante assassinos em massa em ação? Existem crianças com o perfil do psicopata ou possíveis candidatas? Em caso positivo, como agir? Etc.. Na segunda, traz questões teológicas católicas tais como: se o psicopata nasce mau, Deus seria, então, autor do mal? Que pensar da prisão perpétua aplicada a psicopatas clássicos em alguns países? O psicopata é culpado de pecado grave? Que ensina a Igreja sobre a legítima defesa? Em casos de confrontos com criminosos, sobre quem recai a culpa pela morte desse injusto agressor? Há diferença entre paz e pacifismo? Etc.

    Nosso trabalho crava – seguindo os maiores pesquisadores sobre o tema nos nossos dias – que o psicopata não é, de modo algum, um doente mental no sentido corrente do termo. Ele tem, em linguagem popular, “defeito de fábrica”, que se caracteriza por ser 100% razão e 0% emoção. Sabe o que faz, quando faz, onde faz e com quem faz. Enquanto um doente mental – esquizofrênico em certo grau, por exemplo –, fica nu no meio de uma praça movimentada, o psicopata premedita, passo a passo, todos os seus atos, de modo que nunca um desses seres molestou, nem molestará, uma criança em local público. E, exatamente por bem saber o que faz, tem de ser punido (cf. p. 18-19). Mais: o melhor meio de se livrar dele é evitá-lo no dia a dia e, após cometer crimes (famosos por seus requintes de crueldade), aplicar-lhe a Psychopathy Checklist (Avaliação de Psicopatia), do Dr. Hare. Uma vez comprovada a psicopatia, prendê-lo por tempo indeterminado e em local isolado dos demais presos. Tal isolamento não o afeta em nada, pois o psicopata não cria vínculo afetivo com ninguém (cf. p. 24-33).

    O livro transcreve ainda meios para prever futuros psicopatas e tentar ajudá-los, as características marcantes desses seres antissociais e como se livrar deles (cf. p. 33-40). Afirma também que com um psicopata em ação com reféns não há, via de regra, como negociar. É preciso imobilizá-lo com tiros certeiros (nem sempre letais), antes que ele mate sua inocente vítima, para que o triste caso Eloá (2008) não se repita. Daí tratarmos, em Apêndice, da amplitude da legítima defesa no âmbito legal e moral e oferecermos seis pontos práticos de ação geral, educativa, legislativa e policial na amenização do problema, pois os psicopatas estão presentes (e, claro, causando danos irreparáveis) em todos os lugares, inclusive no meio religioso. Muita atenção!

    Pedidos do livro também por e-mail: toppaz1@gmail.com

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