Na manhã desta terça-feira (30), o Comando de Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo, por meio do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), em conjunto com a Polícia Federal (PF), deflagrou a Operação Vareio, que resultou no desmantelamento de uma quadrilha especializada em roubos de cargas e caminhões, com atuação em cinco estados do país.
A ofensiva mobilizou 220 policiais federais e 205 policiais militares rodoviários, cumprindo 35 mandados de prisão temporária e 49 de busca e apreensão.
Além disso, houve o sequestro de bens e valores avaliados em mais de R$ 40 milhões, pertencentes aos investigados.
As investigações apontaram que a organização criminosa, fortemente armada e estruturada, esteve envolvida em pelo menos 50 crimes entre agosto de 2024 e junho de 2025.
O grupo agia com abordagens violentas, fraudes em contratos de frete e desmanches de veículos em galpões clandestinos. A meta dos criminosos era roubar, em média, dois caminhões por semana, movimentando cifras milionárias.
O TOR, unidade especializada do Policiamento Rodoviário, teve papel estratégico na ação, reforçando sua importância no combate ao crime organizado, ao tráfico e a roubos de cargas em rodovias paulistas.
De forma simbólica, a Operação Vareio ocorreu no dia em que o TOR completou 38 anos de existência, consolidando-se como uma das principais forças de enfrentamento ao crime nas estradas do Estado de São Paulo, em integração com a Polícia Federal e o Ministério Público.
A Polícia Federal e Operação Vareio contra roubos de cargas
A Polícia Federal informou que a Operação Vareio foi deflagrada na manhã desta terça-feira (30), com foco em desarticular a organização criminosa responsável por roubos de cargas e caminhões, além de receptação e lavagem de capitais. As ações ocorreram em cinco estados: São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso.
Segundo a PF, além dos 35 mandados de prisão temporária e 49 de busca e apreensão, a Justiça determinou medidas de sequestro de bens, bloqueio de valores e a suspensão das atividades de empresas utilizadas pela quadrilha.
As investigações tiveram início a partir de diligências da Operação Cacaria, que revelou o funcionamento estruturado do grupo, armado e especializado no roubo de caminhões. Os criminosos desmontavam os veículos em galpões clandestinos e comercializavam as peças em diferentes estados, inclusive por meio de plataformas virtuais.
A quadrilha utilizava tecnologias para dificultar a ação policial, como bloqueadores de sinais de celular, GPS e Wi-Fi. Também contava com apoio de um integrante ligado a uma empresa de rastreamento de veículos, que fornecia acesso privilegiado a informações estratégicas. Os crimes eram praticados de várias formas: desde abordagens armadas em rodovias até falsas contratações de fretes por aplicativos e ataques em locais de descanso de caminhoneiros.
O dinheiro obtido com os roubos era movimentado em contas de terceiros e empresas de fachada, configurando lavagem de capitais. A PF destacou que os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, roubo, receptação e lavagem de dinheiro.