Na tarde desta quarta-feira (12), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) confirmou a condenação de dez criminosos envolvidos no ataque a um carro-forte ocorrido na Rodovia Cândido Portinari, entre Batatais e Restinga, no interior de São Paulo. A sentença ultrapassa 120 anos de prisão somados e representa o desfecho da denúncia apresentada pelo órgão contra a organização responsável pelo crime.
As investigações apontaram que o grupo participou da tentativa de roubo ao carro-forte que transportava valores da empresa Protege em 9 de setembro de 2024. Ao menos 16 criminosos fortemente armados bloquearam a rodovia com um caminhão e iniciaram intensa troca de tiros. Apesar da violência e do uso de grande quantidade de explosivos, o dinheiro não foi levado, pois pegou fogo durante a explosão que seria utilizada para arrombar o cofre do veículo de transporte de valores.
A sentença abrange crimes de organização criminosa armada, roubo qualificado, adulteração de sinal identificador de veículo, lavagem e ocultação de bens e valores, além de falsidade ideológica. Um dos condenados recebeu 46 anos e 10 meses de reclusão, a maior pena entre os envolvidos.
Durante o ataque ao carro-forte, três vigilantes da empresa de transporte de valores, um policial e um funcionário de uma usina próxima ficaram feridos. Nos dias seguintes, a ação desencadeou novos confrontos na região de Ribeirão Preto, que resultaram em perseguições, trocas de tiros e mortes de criminosos e de um policial que participou das buscas.
Entenda o caso
O ataque chamou atenção pela estrutura utilizada pela quadrilha: barreamento completo da rodovia, uso de explosivos de alta potência e fuga coordenada. A ação mobilizou diversas forças de segurança e resultou em uma grande operação na região de Ribeirão Preto, marcada por confrontos e apreensões de armas e veículos utilizados na tentativa de roubo.














