A escolta policial de presos é uma operação essencial dentro do sistema prisional brasileiro. Desde o momento em que um detento precisa ser deslocado para audiências, atendimentos médicos ou transferências de presídios, são acionadas forças de segurança com protocolos rígidos para garantir que tudo ocorra com máxima proteção e sem riscos à sociedade.
O que é escolta policial de presos?
A escolta policial de presos é o procedimento de transporte seguro de pessoas privadas de liberdade. Esse deslocamento pode ocorrer por diversas razões, como comparecimento em audiências, transferências entre unidades prisionais, exames de saúde ou atendimentos de urgência.
Quem é responsável pela escolta?
A responsabilidade pela escolta varia de estado para estado, mas após a criação da Polícia Penal, por meio da Emenda Constitucional nº 104/2019, a maior parte desse trabalho passou a ser atribuição dos policiais penais. Ainda assim, em alguns locais, a Polícia Militar ou Polícia Civil pode ser acionada para apoiar em situações específicas.
Atribuições da equipe de escolta
Garantir a segurança do preso durante o trajeto
Evitar tentativas de fuga ou resgate
Preservar a integridade física do próprio detento
Proteger agentes públicos e terceiros envolvidos
Manter a disciplina e o controle da situação
Equipamentos e veículos utilizados
Para realizar a escolta policial de presos com segurança, são utilizados veículos específicos como camburões, vans blindadas, ônibus prisionais e até viaturas descaracterizadas. Todos esses veículos contam com compartimentos separados e grades de proteção, além de serem acompanhados por agentes armados com coletes, rádios comunicadores e armamento pesado, caso necessário.
Protocolo de segurança no transporte de presos
Durante a escolta, diversos cuidados são tomados para evitar riscos:
Escolha de rotas seguras e alternativas
Uso de monitoramento por GPS
Utilização de algemas apenas em casos autorizados
Deslocamentos com horário e destino sigilosos
Número mínimo de dois agentes por detento
Comunicação direta com centrais de comando
Direitos dos presos durante a escolta
Mesmo sob custódia, o preso mantém seus direitos fundamentais. A Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984) estabelece que o transporte deve ocorrer de forma segura e digna. O uso de algemas, por exemplo, é regulado pela Súmula Vinculante nº 11 do STF, sendo permitido apenas quando houver risco real de fuga ou violência.
Desafios enfrentados pelas equipes
Entre os principais problemas enfrentados na escolta policial de presos estão:
Falta de efetivo policial
Viaturas sucateadas
Risco de resgate por facções criminosas
Falta de equipamentos de segurança adequados
Longas distâncias em estados com poucos presídios
Esses desafios colocam em risco tanto os agentes quanto os detentos, além de impactarem a eficácia do sistema prisional como um todo.
Casos emblemáticos no Brasil
O Brasil já presenciou diversas tentativas de fuga e resgate durante escoltas. Um dos casos mais conhecidos envolveu membros de facções criminosas sendo transportados para audiências em São Paulo, quando houve tentativa de resgate com armamento pesado, o que levou à revisão de protocolos e reforço da segurança em transferências de alta periculosidade.
Como a tecnologia ajuda na escolta policial de presos
A tecnologia tem sido uma grande aliada para as forças de segurança. Atualmente, muitos estados já utilizam:
Monitoramento por satélite (GPS)
Comunicação em tempo real com centrais
Câmeras embarcadas nos veículos
Drones para acompanhamento de comboios
Inteligência artificial para análise de risco de trajetos
Conclusão
A escolta policial de presos é um procedimento fundamental e delicado, que envolve planejamento, recursos e profissionais treinados. Com o avanço tecnológico e o fortalecimento das instituições de segurança, espera-se que o transporte de detentos se torne cada vez mais seguro e eficiente.