Na tarde desta quinta-feira (4), a Polícia Civil (PC) prendeu um homem por extorsão ferroviária após ele marcar encontro com representantes de uma empresa do setor, na cidade de Santos (SP). A prisão em flagrante foi realizada por equipes da 5ª Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat), que vinha monitorando o grupo responsável por diversos ataques criminosos contra locomotivas e vagões desde outubro.
Segundo a investigação, o bando promovia uma série de sabotagens como corte de mangueiras de ar das locomotivas, furto de cabos de energia e danos estruturais utilizados como forma de acessar os vagões para furtar produtos transportados. A partir de outubro, o crime escalou para incêndios nos vagões — alguns ainda em movimento — colocando em risco funcionários, moradores que vivem próximos aos trilhos e a própria operação ferroviária.
O homem detido, de 39 anos, enviou mensagens a funcionários da empresa oferecendo um suposto “serviço de proteção”, afirmando que poderia cessar os ataques desde que fosse pago um valor mensal. Para demonstrar que tinha controle sobre a atividade criminosa, informou que, durante uma semana, não haveria novas ocorrências, o que de fato aconteceu, reforçando a suspeita de extorsão ferroviária.
Após marcar um encontro com representantes da firma para tratar do pagamento, ele foi surpreendido pelos policiais da Disccpat e preso em flagrante. A ação encerrou a tentativa de chantagem e permitiu avanço na apuração sobre os demais envolvidos no esquema criminoso.
O criminoso foi conduzido à sede da 5ª Disccpat, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde permaneceu preso e à disposição da Justiça. O caso foi registrado pelos crimes de extorsão, associação criminosa e perigo de desastre ferroviário. A Polícia Civil segue investigando a participação de outros membros do grupo, bem como a ligação entre os ataques e possíveis furtos associados às sabotagens.














