Na manhã desta sexta-feira (29), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) deflagraram a Operação Pronta Resposta, em Campinas (SP). A ofensiva teve como objetivo impedir um possível plano de execução contra um promotor de Justiça que atua no GAECO.
Segundo as investigações, há meses os promotores vêm conduzindo a Operação Linha Vermelha, que apura crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Nos últimos dias, surgiram indícios de que um dos investigados, ligado à cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), estaria planejando a morte do promotor Amauri Silveira Filho para dificultar o andamento das apurações.
De acordo com o Ministério Público, os criminosos financiaram a compra de veículos, armamento e contrataram operadores para emboscar o promotor. No entanto, o plano foi descoberto e desarticulado. O juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Campinas, Caio Ventosa Chaves, acatou o pedido do GAECO e expediu três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, todos cumpridos por equipes do BAEP e do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Durante a operação, dois empresários do setor de comércio de veículos e transportes foram presos. Um dos principais envolvidos é apontado como integrante da sintonia final do PCC e considerado um dos grandes operadores do tráfico de drogas no país. Ele está foragido há anos e possivelmente escondido na Bolívia, de onde seguiria controlando atividades criminosas.
As investigações prosseguem para identificar outros participantes do plano de execução e ampliar o combate às ramificações da organização criminosa.