Na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC 8, com o apoio da Unidade de Inteligência do DEINTER 8, do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Polícia Penal, deflagrou a Operação Recon, uma ofensiva coordenada que frustrou um audacioso plano de atentado contra autoridades públicas da região de Presidente Prudente (SP).
A ação, resultado de intenso planejamento e integração entre as forças de segurança, teve como objetivo o cumprimento de 25 mandados de busca domiciliar, distribuídos entre as cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1).
De acordo com as investigações conduzidas pela 1ª DIG/DEIC 8, foi identificada uma célula do crime organizado estruturada de forma compartimentada e altamente disciplinada, responsável por realizar levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e de seus familiares, com a finalidade de preparar atentados contra alvos previamente selecionados.
Os levantamentos revelaram que os criminosos já haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários das autoridades, demonstrando o grau de ousadia e periculosidade da organização criminosa. A célula operava sob rigoroso esquema de compartimentação, no qual cada integrante tinha uma função específica, sem acesso ao plano completo, o que dificultava a descoberta da trama.v
A integração entre os setores de inteligência da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e do Ministério Público foi decisiva para detectar e neutralizar o plano antes da execução, impedindo a ação do grupo criminoso. A operação resultou na identificação dos responsáveis pela fase de reconhecimento e vigilância, além da apreensão de materiais e equipamentos que serão analisados pela perícia e poderão levar aos mandantes e executores do plano.
As buscas domiciliares realizadas nesta data visam coletar novos elementos de prova, que subsidiarão as próximas etapas da investigação, voltadas à identificação de demais integrantes da organização e ao mapeamento da estrutura hierárquica e financeira do grupo.
A Operação Recon simboliza o resultado efetivo da cooperação entre as instituições de segurança pública — Polícia Civil, Polícia Penal, Ministério Público e Polícia Militar — reafirmando o comprometimento do Estado de São Paulo com a defesa da ordem pública, da legalidade e da integridade das autoridades e instituições.
O sucesso da operação reforça que a união das forças de segurança e de persecução penal é a resposta mais eficaz contra a audácia e a violência das organizações criminosas, que não lograrão êxito em ameaçar o Estado Democrático de Direito e seus representantes.
Com inteligência, estratégia e ação coordenada, as instituições envolvidas reafirmam que nenhuma ameaça contra a vida e a autoridade pública será tolerada em São Paulo.
O significado do nome da Operação “Recon”
O termo “Recon” é uma abreviação da palavra em inglês “Reconnaissance”, que significa “reconhecimento” — expressão amplamente utilizada em contextos militares e de inteligência para designar ações de observação e coleta de informações estratégicas sobre alvos inimigos.
No contexto da Operação Recon, o nome faz referência direta à fase de levantamento e monitoramento realizada pela célula criminosa, que mapeava rotinas, deslocamentos e hábitos de autoridades públicas com o objetivo de preparar atentados.
A escolha do nome simboliza, portanto, a inversão desse processo de reconhecimento, já que, graças ao trabalho conjunto das forças de segurança, foram os criminosos que acabaram sendo identificados, vigiados e neutralizados, antes que pudessem executar o plano de ataque.
A denominação “Recon” também representa o caráter estratégico e preventivo da ação policial, que se antecipou às investidas do crime organizado, reafirmando a capacidade de resposta e a integração das instituições de segurança pública do Estado de São Paulo.










