Na tarde desta terça-feira (22), o Corpo de Bombeiros de Campinas (SP) passou a integrar um projeto piloto da Polícia Militar do Estado de São Paulo voltado à inclusão social, com foco no aprimoramento do atendimento a pessoas com deficiência. A iniciativa busca tornar os resgates mais humanizados e acessíveis, especialmente para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiências cognitivas e limitações de mobilidade.

As viaturas da unidade foram equipadas com kits específicos, que incluem colares de identificação, abafadores de ruído, lenços umedecidos e pranchetas com sinais de comunicação alternativa. Além disso, os veículos receberam adesivos de sinalização indicando que estão preparados para esse tipo de atendimento.

Campinas é a primeira cidade a implementar o projeto, que faz parte de uma política de inclusão social mais ampla da Polícia Militar. A expectativa é de que a iniciativa seja expandida para outras unidades da região e, futuramente, para todo o estado.

Os profissionais da unidade também passaram por treinamento especializado, ministrado pela sargento Daiane Magalhães Barbosa, do Comando do Corpo de Bombeiros da Capital, em parceria com um representante da Secretaria da Pessoa com Deficiência. O objetivo do curso é tanto o aperfeiçoamento técnico quanto a sensibilização dos agentes envolvidos nos resgates.

Segundo o coronel Diógenes Martins Munhoz, comandante do Corpo de Bombeiros do Interior 1 (CBI-1), a proposta é garantir que a inclusão esteja presente em todas as etapas do atendimento. “Não se trata apenas de situações de emergência. A inclusão deve estar em todos os setores da sociedade”, destacou.