A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio do 1º Distrito Policial de Piracicaba, com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Técnico-Científica, deflagrou na manhã de segunda-feira (15) a “Operação Rodas da Fraude”, voltada ao combate a crimes contra o consumidor, estelionato e associação criminosa.
A ação teve como alvo um grande centro automotivo localizado na Avenida Doutor Paulo de Moraes, no Bairro Paulista, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão expedido pelo Poder Judiciário. A diligência é resultado de investigação que identificou indícios de um esquema estruturado de fraudes contra clientes.
De acordo com a Polícia Civil, o estabelecimento atraía consumidores com ofertas promocionais de troca de pneus acompanhada de alinhamento e balanceamento gratuitos. No entanto, após os veículos serem deixados no local, funcionários passavam a simular ou até provocar danos, alegando defeitos inexistentes em componentes como caixa e barra de direção.
Na sequência, eram apresentados orçamentos considerados abusivos, elevando valores inicialmente estimados em cerca de R$ 1,5 mil para quantias que chegavam a R$ 10 mil ou até R$ 20 mil. As vítimas, em sua maioria mulheres, idosos e pessoas sem conhecimento técnico em mecânica, eram submetidas a pressão psicológica e intimidação, sob a alegação de que os veículos não poderiam circular sem os reparos indicados.
Laudos técnicos posteriores apontaram que diversos serviços cobrados não foram executados ou sequer eram necessários. Também houve relatos de maquiagem de peças e cobranças muito acima dos valores praticados no mercado.
Durante a Operação Rodas da Fraude, foram apreendidos quatro aparelhos celulares pertencentes aos investigados, três CPUs e um pacote contendo latas de tinta spray preta, materiais que podem ter sido utilizados para ocultar ou simular defeitos.
Todo o material foi lacrado e encaminhado para análise pericial. A equipe da Superintendência da Polícia Técnico-Científica realizou registros fotográficos, coleta de evidências e verificação de documentos, tabelas de preços e estoque de peças.
Os responsáveis pelo estabelecimento foram conduzidos à delegacia e indiciados pelos crimes de estelionato, crimes contra o consumidor e associação criminosa.















