Na manhã desta quinta-feira (16), a Polícia Civil (PC), por meio da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações Gerais (DIG), descobriu um esquema de falsificação de cartuchos e tintas de impressora no bairro Jardim Itatinga, em Campinas (SP). O local funcionava como um centro de distribuição de produtos de papelaria e informática. Um homem, de 27 anos, é investigado.
A ação foi realizada durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em três empresas do ramo que estavam sob investigação. Em um dos endereços, os policiais localizaram cartuchos e frascos de tintas de duas marcas conhecidas, mas representantes das fabricantes e um técnico acompanharam as diligências e constataram que os materiais não possuíam as características originais dos produtos autênticos.
Segundo a Polícia Civil, os cartuchos falsificados eram vendidos por meio de uma plataforma digital a valores bem abaixo do preço de mercado, levantando suspeitas de fraude. O material apreendido é avaliado em cerca de R$ 2,4 milhões.
Ao todo, foram recolhidos 120,8 mil suprimentos de informática, entre cartuchos e frascos de tinta, que serão submetidos à perícia do Instituto de Criminalística (IC).
Nos outros dois endereços vistoriados — localizados nos bairros Jardim Magnólia e Parque Vila Norte —, nenhuma irregularidade foi encontrada.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia da DIG, vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), como cumprimento de mandado de busca e apreensão e crime contra registro de marca. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no esquema de falsificação de cartuchos e tintas.
Entenda o esquema de falsificação de cartuchos e tintas
De acordo com a investigação, os falsificadores compravam cartuchos e frascos vazios, faziam o reenvase com tinta de baixa qualidade e aplicavam rótulos falsos com logotipos de grandes marcas. Em seguida, os produtos eram revendidos pela internet como originais, gerando prejuízo para as empresas e risco de danos a equipamentos eletrônicos.
A Polícia Civil alerta consumidores para que verifiquem sempre a autenticidade das embalagens e desconfiem de valores muito abaixo do mercado, uma das principais características desse tipo de golpe.