Na noite desta terça-feira (3), a Polícia Civil (PC) prendeu um criminoso envolvido no golpe do bilhete premiado em um hotel na região central de Campinas (SP). A ação integra a Operação Bilhete Premiado, batizada de Fábula Impostoris, conduzida pela 3ª Delegacia de Investigações Gerais (3ª DIG) do DEIC, responsável por investigar um grupo especializado nesse tipo de fraude em várias cidades do Estado de São Paulo.
De acordo com a investigação, o criminoso se preparava para aplicar novos golpes e utilizaria documentos e identidade falsos para enganar vítimas. Por esse motivo, acabou autuado em flagrante pelo crime de uso de documento falso. A Polícia Civil segue em diligências para capturar a esposa dele, que também é procurada e possui mandado de prisão em aberto.
Antes da prisão, equipes da 3ª DIG cumpriram mandado de busca na residência do casal, na capital paulista, onde localizaram materiais relacionados à organização criminosa, reforçando o vínculo de ambos com o esquema do bilhete premiado.
Como funciona o golpe do bilhete premiado
O golpe consiste em abordar vítimas — geralmente pessoas idosas — para convencê-las a “ajudar” no resgate de um suposto prêmio de loteria. Os golpistas apresentam histórias fictícias, criam laços de confiança e conduzem a vítima ao banco, onde ela é induzida a realizar transferências de alto valor para integrantes do grupo.
Entenda o caso que originou a operação
A investigação que resultou na operação teve início após a Polícia Civil apurar um golpe ocorrido em 7 de julho de 2025, em Mirandópolis (SP). Na época, uma idosa foi abordada por dois irmãos — um deles já preso temporariamente — que afirmavam possuir um bilhete premiado da loteria. Eles diziam que, por motivos religiosos, um deles não poderia sacar o prêmio e precisava da “ajuda” da vítima.
A dupla conduziu a idosa a uma agência bancária e orientou que ela mentisse ao gerente. Sob pressão psicológica, ela acabou realizando uma transferência de R$ 70 mil via TED para outro integrante do grupo criminoso. As equipes da 3ª DIG analisaram imagens de câmeras de segurança, registros bancários, sistemas policiais e compararam o modo de atuação com golpes anteriores, o que possibilitou identificar todos os envolvidos — muitos deles com longo histórico em estelionatos pelo Estado.
A Polícia Civil prossegue com as investigações para mapear outros crimes praticados pela quadrilha e identificar conexões com ocorrências semelhantes em diferentes regiões do país. A Operação Bilhete Premiado segue ativa até que todos os envolvidos sejam localizados e responsabilizados.














