Na noite desta quarta-feira (22), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou sua quinta maior apreensão de ouro do ano, ao interceptar uma caminhonete que transportava 11 barras de ouro ilegal maciço, totalizando 10,2 quilos, na BR-401, em Boa Vista (RR).
A ação foi resultado de um trabalho de policiamento orientado por inteligência, metodologia adotada pela PRF para direcionar esforços a crimes de maior impacto, como garimpo ilegal, tráfico transnacional e crimes ambientais. O ouro ilegal estava escondido dentro do veículo e, segundo as investigações preliminares, seria proveniente de extração ilegal em áreas de proteção ambiental e terras indígenas.
O condutor da caminhonete foi preso em flagrante e encaminhado à sede da Polícia Federal (PF) em Boa Vista. A ocorrência se soma a uma série de grandes apreensões de ouro realizadas pela PRF ao longo de 2025, reforçando o papel da corporação no enfrentamento ao crime organizado na Amazônia Legal.
De acordo com balanço da PRF, mais de 200 quilos de ouro ilegal já foram apreendidos apenas neste ano, o que representa um prejuízo estimado de R$ 140 milhões às organizações criminosas envolvidas no garimpo ilegal.
Histórico de grandes apreensões
Nos últimos meses, a PRF intensificou ações de combate ao contrabando de ouro ilegal e outros minerais. Apenas em outubro, foram apreendidos 37,4 quilos em Boa Vista e 11,6 quilos em outra operação. Em agosto, os agentes apreenderam mais de 103 quilos de ouro avaliados em mais de R$ 60 milhões, na Ponte dos Macuxis, também em Boa Vista, e 40 quilos em Altamira (PA), durante ação na BR-230 (Transamazônica).
Plano Amazônia: Segurança e Soberania
As apreensões fazem parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano AMAS), lançado em 2023 pelo Governo Federal. A iniciativa reúne esforços para intensificar o combate ao crime organizado e ambiental nos nove estados que compõem a Amazônia Legal — Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Desde sua adesão ao plano, a PRF vem batendo recordes de operações, abordando mais de 2 milhões de veículos e 2,5 milhões de pessoas, muitas delas com histórico criminal. As ações resultaram em centenas de prisões, apreensões de ouro, madeira, animais silvestres e destruição de maquinários utilizados no garimpo ilegal, como balsas, escavadeiras e aeronaves.











