O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a intensificar a pressão internacional contra a Rússia ao declarar um novo prazo para Putin acabar com a guerra na Ucrânia. Desta vez, Trump reduziu drasticamente o tempo de resposta esperado: de 50 dias para apenas 10 a 12 dias, exigindo que Moscou demonstre avanços concretos rumo ao cessar-fogo.
A declaração foi feita nesta segunda-feira (29), durante uma visita oficial ao Reino Unido, ao lado do primeiro-ministro britânico Keir Starmer. Trump afirmou que, caso o governo de Vladimir Putin não sinalize disposição para interromper os ataques, a resposta dos EUA será a aplicação imediata de tarifas de até 100% sobre produtos russos, além de sanções secundárias para países que ainda mantêm relações comerciais com Moscou.
“Já se passaram muitos dias sem progresso real. Agora o mundo quer ação, e não mais promessas vazias”, afirmou Trump.
A fala foi registrada em reportagem da CNN Brasil, que destaca a mudança de tom do ex-presidente americano frente à escalada do conflito.
Tensões renovadas entre EUA e Rússia
A nova medida acontece em meio a uma intensificação dos bombardeios russos em regiões-chave da Ucrânia, como Kiev e Kharkiv, mesmo após tentativas anteriores de aproximação diplomática. Segundo analistas internacionais, o endurecimento da postura dos EUA pode representar um novo impasse geopolítico, com potencial de impactar não só o campo de batalha, mas também as economias de países aliados.
O Kremlin respondeu por meio de seu ex-presidente e atual vice do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, afirmando que “cada ultimato americano representa uma ameaça direta e um passo em direção à guerra total”.
Sanções mais amplas estão no radar
Além do embargo comercial direto, Trump afirmou que pretende aplicar sanções secundárias a países e empresas que continuarem comprando petróleo e gás natural russos. A medida afetaria, principalmente, países asiáticos e africanos que têm sido estratégicos para Moscou manter sua receita energética em tempos de isolamento ocidental.
De acordo com o presidente americano, a guerra já ultrapassou “todos os limites do razoável” e só será encerrada quando houver “um acordo real e verificável”. Apesar do tom duro, Trump declarou estar aberto à mediação, caso o Kremlin demonstre interesse imediato.
Ucrânia apoia a iniciativa
O governo ucraniano reagiu de forma positiva, considerando a nova postura de Trump como um avanço. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia elogiou o prazo curto como um “sinal claro de que o Ocidente não tolerará mais a guerra de desgaste imposta por Moscou”.
Conclusão
O prazo para Putin acabar com a guerra estabelecido por Trump marca mais um capítulo decisivo nas relações internacionais. Em um momento em que o mundo acompanha atento os desdobramentos no Leste Europeu, o recado dos EUA é direto: o tempo da diplomacia passiva terminou.