Na manhã desta quarta-feira (12), sete chefes da facção Comando Vermelho foram transferidos para presídios federais de segurança máxima, após decisão da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A operação foi conduzida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ) sob um rigoroso esquema de segurança.
O transporte dos detentos foi executado por equipes do Serviço de Operações Especiais (SOE), do Grupo de Intervenção Tática (GIT) e da Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos integrantes da Seap. Os presos foram levados da Penitenciária Laércio da Costa Peregrino, conhecida como Bangu 1, na zona oeste do Rio, até o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, de onde embarcaram em aeronave da Polícia Federal com destino aos presídios federais — que não tiveram localização divulgada.
Segundo informações da Agência Brasil, todos os detentos possuem condenações relacionadas ao tráfico de drogas e foram incluídos no sistema prisional federal conforme a Lei nº 11.671/2008, que regulamenta a transferência de presos de alta periculosidade.
De acordo com o governo do estado, a operação é uma ação coordenada entre o Executivo fluminense, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) — vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública — e as forças de segurança estaduais.
A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, destacou que a transferência faz parte da Operação Contenção, deflagrada em 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes e 113 prisões.
“A ação é conduzida de forma técnica e integrada pela Seap, garantindo o equilíbrio do sistema prisional e a segurança da população fluminense”, afirmou Nebel em nota.
Ela ressaltou ainda que a integração das forças de segurança é fundamental para preservar a estabilidade do sistema e reforçar a presença do Estado nas áreas de conflito.
O governador Cláudio Castro reforçou que a transferência demonstra o compromisso do governo com o fortalecimento das políticas de segurança pública e com medidas concretas para impedir a atuação de organizações criminosas a partir do sistema prisional.
“É uma ação estratégica para preservar a ordem pública e assegurar a tranquilidade da população fluminense”, declarou o governador em comunicado oficial.
Entre os criminosos transferidos para presídios federais estão:
- Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho – condenado a 81 anos, 4 meses e 20 dias;
- Carlos Vinicius Lírio da Silva, o Cabeça de Sabão – 60 anos, 4 meses e 4 dias;
- Eliezer Miranda Joaquim, o Criam – 100 anos, 10 meses e 15 dias;
- Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho – 65 anos, 8 meses e 26 dias;
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor – 35 anos, 5 meses e 26 dias;
- Alexander de Jesus Carlos, o Choque – 34 anos e 6 meses;
- Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha – 50 anos, 2 meses e 20 dias.
















