Na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Civil (PC) e a Polícia Militar (PM) deflagraram uma mega operação de grande escala nos bairros do Complexo do Alemão e da Complexo da Penha, em Rio de Janeiro (RJ). O objetivo da operação é combater o crime organizado ligado à facção Comando Vermelho, incluindo a captura de lideranças que vinham expandindo sua atuação territorial.
Segundo a Agência Brasil operação, batizada de “Operação Contenção”, mobilizou aproximadamente 2,5 mil policiais e agentes de investigação, com apoio de tecnologia e defesa tática. Em meio à escalada de violência, foram registradas ao menos 18 mortes de criminosos durante os confrontos e 56 prisões efetuadas até o início da tarde.
Segundo as autoridades, há indícios de que membros da facção usaram drones para lançar explosivos contra equipes policiais e montaram barricadas nas vias para dificultar o avanço dos agentes. A investigação teria se estendido por mais de um ano, com amplo mapeamento de lideranças, suas redes de apoio e movimentações logísticas do crime organizado.
Entre os presos figura o operador financeiro de uma das lideranças, além de armas de grosso calibre, motocicletas, rádios comunicadores e diversos equipamentos de comunicação interceptados. O governo estadual ressalta que a ação visa impedir que o Comando Vermelho consolide novas áreas sob seu domínio — estimativas apontam que 280 mil pessoas vivem nas 26 comunidades visadas.
A ocorrência também provocou impacto direto sobre a vida da comunidade: escolas foram fechadas temporariamente, clínicas suspenderam atendimentos e ônibus tiveram os itinerários alterados por motivo de segurança.
Por que o nome “Operação Contenção”?
O nome “Operação Contenção” foi escolhido pelas forças de segurança do Rio de Janeiro para simbolizar a principal meta da ação: conter o avanço territorial do Comando Vermelho em áreas dominadas por facções rivais e impedir a expansão de rotas usadas para o tráfico de drogas e armas.
Segundo informações da Polícia Civil e da Polícia Militar, a palavra contenção reflete tanto a estratégia tática de isolar pontos de resistência armada quanto o esforço de restringir a influência criminosa sobre comunidades e vias estratégicas da capital fluminense. A operação também busca conter os ataques contra agentes públicos e restabelecer o controle estatal em regiões que sofrem há anos com domínio paralelo.













