Na manhã desta sexta-feira (28), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Polícia Civil (PC) desarticularam um esquema milionário de fraudes tributárias durante a Operação Alcatrazes, no município de São Sebastião (SP). A ação resultou no bloqueio de bens avaliados em R$ 132 milhões e na apreensão de veículos de alto padrão ligados ao crime de notas fiscais frias aplicadas no setor de combustíveis.
De acordo com as apurações, os criminosos utilizavam empresas certificadoras para emitir certificados digitais irregulares, conferindo aparência de legalidade a documentos fiscais falsos. Com essa prática, postos de combustíveis conseguiam justificar créditos tributários inexistentes e reduzir indevidamente o valor de ICMS devido ao Estado. A fraude, sustentada pela manipulação de certificados e notas, causou prejuízos milionários ao fisco paulista, levando o Judiciário a determinar o congelamento dos bens.
Durante o cumprimento dos mandados judiciais, as equipes apreenderam dez veículos de luxo, entre eles um Porsche, duas Toyota Hilux, uma Ford Ranger e um Mercedes-Benz. Além disso, foram bloqueados três imóveis atribuídos ao grupo investigado: um haras em Limeira, uma propriedade em Araras, ambas no interior de São Paulo, e uma residência em Itajaí, no estado de Santa Catarina.
Por que o nome Operação Alcatrazes?
A Operação Alcatrazes recebeu esse nome em referência ao Arquipélago de Alcatrazes, localizado no litoral norte paulista, região conhecida por sua área isolada e de difícil acesso. A escolha simboliza a complexidade e o encobrimento das ações fraudulentas que operavam de forma estruturada, buscando manter distância da fiscalização.














