Na manhã desta segunda-feira (27), o Governo do Estado de São Paulo anunciou a ampliação do programa Muralha Paulista, que agora integra 23 municípios da região de Campinas, oito de Ribeirão Preto e sete de Sorocaba, totalizando 38 novas cidades conectadas ao sistema de vigilância inteligente.
O Muralha Paulista conecta câmeras públicas e privadas para monitorar em tempo real a mobilidade criminal, permitindo respostas mais rápidas das forças de segurança e o aumento da taxa de prisões e recuperação de veículos roubados.
“O programa Muralha Paulista é uma política pública de controle da mobilidade criminal. Ele integra os sistemas já existentes e devolve as informações, aumentando a chance de prisão de criminosos e recuperação de veículos”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em entrevista ao programa SP em 3, 2, 1, da Agência SP.
O que é o programa Muralha Paulista
O Muralha Paulista é uma política pública de segurança digital do Governo de São Paulo, que une sistemas de monitoramento públicos e particulares com o objetivo de combater a criminalidade com mais rapidez e eficiência.
Por meio de uma estrutura baseada em inteligência artificial (IA) e reconhecimento de imagem, o sistema realiza leitura automática de placas de veículos e reconhecimento facial, cruzando as informações com as bases da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Quando um veículo roubado, furtado ou uma pessoa procurada pela Justiça é identificada, o sistema emite alertas automáticos em tempo real, auxiliando as polícias na resposta imediata.
Atualmente, o sistema reúne mais de 38 mil câmeras integradas e deve alcançar todos os 645 municípios paulistas até 2026 cidades estas de cobertura do portal policial padrão.
Região de Campinas no Muralha Paulista
A região de Campinas conforme divisão dos batalhões – pois as “regiões policiais” não são as oficiais de cada cidade as vezes, no caso abaixo um exemplo seria Jundiaí e as em Italico – agora conta com 23 municípios integrados ao programa:
Águas de Lindóia, Amparo, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Campo Limpo Paulista, Holambra, Indaiatuba, Jaguariúna, Jundiaí, Lindóia, Mogi Guaçu, Paulínia, Pedreira, Socorro, Vargem, Vinhedo, Americana, Cordeirópolis, Limeira, Piracicaba, Pirassununga, São Pedro e Sumaré.
Com a expansão, a região fortalece sua capacidade de resposta rápida contra roubos e furtos de veículos, identificação de criminosos e monitoramento de rodovias estratégicas que cortam o interior paulista.
Região de Ribeirão Preto no Muralha Paulista
Na região de Ribeirão Preto, oito municípios – pois as “regiões policiais” não são as oficiais de cada cidade as vezes, no caso abaixo um exemplo seria Olímpia e as em Italico – foram integrados ao sistema:
Batatais, Bebedouro, Cajuru, Itápolis, Olímpia, Rifaina, Serrana e Monte Azul Paulista.
A integração reforça o monitoramento de rotas interestaduais e ajuda a inibir a movimentação de organizações criminosas, especialmente em crimes de furto e receptação de veículos.
Região de Sorocaba no Muralha Paulista
A região de Sorocaba também aderiu ao programa, com sete cidades participantes – pois as “regiões policiais” não são as oficiais de cada cidade as vezes, no caso abaixo um exemplo seria Porto Feliz e as em Italico –:
Angatuba, Boituva, Cesário Lange, Ibiúna, Porto Feliz, Sorocaba e Tatuí.
O sistema permite integração direta entre prefeituras, guardas municipais e polícias estaduais, criando um cerco eletrônico regional que cobre as principais rodovias e corredores logísticos da região.
Como funciona a tecnologia do Muralha Paulista
O Muralha Paulista combina inteligência artificial (IA), reconhecimento óptico de caracteres (OCR) e análise de vídeo inteligente para processar as imagens captadas em tempo real pelas câmeras integradas.
Esses equipamentos realizam leituras automáticas de placas de veículos e reconhecimento facial de pessoas em circulação. Os dados são cruzados com os bancos da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e de órgãos de Justiça, permitindo identificação instantânea de alvos.
Quando há correspondência com registros de roubos, furtos ou mandados de prisão, o sistema gera alertas automáticos para as forças de segurança, possibilitando intervenções em poucos minutos.
Além de atuar de forma reativa, a tecnologia também é usada de maneira preventiva, identificando padrões de mobilidade criminal, rotas suspeitas e áreas de risco.
“O Muralha Paulista é um avanço tecnológico que coloca São Paulo entre os estados mais modernos do país no combate à criminalidade, com uso de dados, inteligência e integração de forças”, afirmou o secretário Guilherme Derrite.
Impacto do Muralha Paulista na redução de crimes e recuperação de veículos
Desde sua implantação, o Muralha Paulista tem apresentado resultados expressivos na redução de crimes e no aumento da eficiência das forças policiais.
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), municípios que aderiram ao programa registraram aumento de até 60% na recuperação de veículos roubados ou furtados e redução significativa no tempo de resposta policial após alertas emitidos pelo sistema.
Os centros de operações integradas (COIs) e as polícias locais têm conseguido interceptar criminosos em deslocamento e mapear atividades suspeitas com maior precisão, o que também tem contribuído para a prisão de procurados pela Justiça e desarticulação de quadrilhas.
“O impacto do Muralha Paulista é imediato: cada nova cidade integrada significa mais olhos eletrônicos a serviço da segurança pública e mais dados disponíveis para prender criminosos e recuperar bens”, destacou Derrite.
O programa também fortalece a cooperação entre municípios, polícias e empresas privadas, criando um ecossistema de segurança inteligente que já inspira outros estados brasileiros.
Como participar do Muralha Paulista
A participação no programa é gratuita e aberta a prefeituras, empresas e cidadãos.
O cadastro pode ser feito diretamente no site www.muralhapaulista.sp.gov.br.
Pessoas físicas (CPF) e jurídicas (CNPJ) podem integrar suas câmeras ao sistema, desde que estejam voltadas para vias públicas, contribuindo com o trabalho de investigação e resposta policial.
“Qualquer cidadão ou empresa com câmera voltada para a rua pode se cadastrar. Essas câmeras passam a integrar esse grande parque tecnológico, auxiliando as forças policiais em investigações e ações de segurança”, reforçou o secretário.
Proteção de dados e segurança da informação
O Muralha Paulista segue integralmente as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O programa foi acompanhado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e recebeu mais de 60 pareceres jurídicos da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), assegurando total conformidade e transparência.
“A pessoa que vai colaborar pode ficar tranquila. Desde que a câmera esteja voltada para a rua, tudo está amplamente seguro dentro da política pública e conforme a LGPD”, garantiu Derrite.
Expansão em todo o Estado
O Governo de São Paulo pretende levar o programa para todos os 645 municípios paulistas, inclusive os que não possuem câmeras próprias.
Para isso, será aberta uma licitação para locação de novos equipamentos, garantindo cobertura total de monitoramento e cerco eletrônico permanente em todo o território paulista.
“Vamos dificultar cada vez mais a vida do criminoso. A partir do ano que vem, teremos um cerco completo contra quem tentar transitar pelo Estado de São Paulo”, afirmou o secretário da Segurança Pública.
Números do Muralha Paulista
- 38 mil câmeras integradas em tempo real;
- 645 municípios previstos até 2026;
- 38 novas cidades adicionadas (Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba);
- 60% de aumento na recuperação de veículos roubados;
- Tempo de resposta policial reduzido em até 50%;
- Mais de 60 pareceres jurídicos da PGE garantindo conformidade com a LGPD.










