E AGORA, O QUE FAZER COM AS FRUSTRAÇÕES?

    PORVilson Berlanda

    14/05/2020 11:43

    E AGORA, O QUE FAZER COM AS FRUSTRAÇÕES?

    Hoje um tema atual e recorrente, traz a inquietação traduzida na preocupação do pós-pandemia e as sequelas psicológicas que ela poderá trazer as pessoas após um bombardeio de informações e contrainformações, de verdades e mentiras, de ataques e defesas, de certo ou errado, de tradicional ou de inovador, de direita ou de esquerda.

    Tudo isso aliado e acrescido a uma população já exaurida dos próprios problemas “modernos” e as vidas perfeitas dos amigos, vizinhos, parceiros, e até quem nem conhece pessoalmente, explicitamente expostas nos perfis do Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp.

    Seria um devaneio, uma utopia imaginar que a vida real é análoga ou semelhante à vida virtual, bem por isso, alertam os experts “a vida virtual não existe, ela é de mentira”, ironicamente podemos chamar a vida virtual de “fake-news”, na vida real todos temos nossas jaquetas vermelhas.

    Alusão a Mary, em “O menino que acreditava em milagres” (Imagem Ilustrativa)

    E qual é a sua jaqueta vermelha?

    Uma garotinha chamada Mary, chega à sala de aula, tira sua jaqueta vermelha e joga no chão e vai sentar-se em seu lugar.

    A professora vê a cena, vai até Mary e pede para que ela pegue sua jaqueta vermelha e a pendure no local apropriado. Mas Mary retruca que a jaqueta não é sua.

    A professora então diz: “Mary, eu vi você entrar e jogar a jaqueta no chão, não estou brava ou chateada com você, só quero que pegue sua jaqueta e pendure atrás da porta”, mas Mary insiste e dispara: “eu não gosto desta jaqueta, nunca gostei desta jaqueta e ela não é minha”!

    A saga de Mary prossegue no livro “O menino que acreditava em milagres” do escritor John O´leary.

    O fato de Mary ignorar o caso e não assumir, omitindo a propriedade da jaqueta vermelha, não afasta ou isenta, tão pouco posterga dela o problema de a jaqueta lhe pertence, concorda? Pois bem! E quanto a nós? O que podemos aprender com a história simples e casual de Mary?


    Observe que de fato quando ignoramos, postergarmos ou preterimos nossos problemas, não conseguimos fazer com que simplesmente não existam! Dai a importância de encará-los e identificá-los, para responder:

    “Qual a sua jaqueta vermelha”?

    Via de regra, nossa jaqueta vermelha sempre eclodirá de forma discreta e ponderada, revestida sutilmente de problemas cotidianos que vamos “varrendo para debaixo do tapete” sem perceber que estamos contrapondo, abdicando e negando soluções, para problemas que são propriamente nossos, e assumem diversas formas.

    Uma separação mal resolvida! O medo de não ser aceito ou amado! O medo das cicatrizes e erros do passado ou mesmo do presente! Uma decisão crucial e difícil, mas necessária! Uma ruptura profissional! Um relacionamento familiar difícil com o filho, com os pais ou companheiro! Uma dependência química!

    Tenha a convicção que sempre teremos a opção da escolha entre sofrer sozinhos ou buscar a alternativa de dividi-lo com alguém que confiamos. Caso julgue, de fato, não ter uma opção próxima ou familiar que possa ajudar, pode-se buscar ajuda profissional de um psicólogo, por exemplo.

    Em última instância, mas não menos importante, podemos contar com os profissionais do Centro de Valorização da Vida, através do telefone 188, um serviço excepcional e gratuito, com total discrição e sigilo absoluto na orientação de um caminho seguro a seguir.

    É importante aspirar e entender que não importa qual o seu problema, ele é de extrema importância, é evidente, e não deve ser esquecido ou ignorado, mas decididamente precisa ser enfrentado, deliberado, solucionado, descoberto e quando o fizer, certamente ouvirá de alguém que nem imagina: “Nossa! você também passa por isso?”.

    Não escolha sofrer sozinho, quebre as barreiras do anonimato e dê nome a seus fantasmas, tire as máscaras e identifique suas jaquetas vermelhas, até jogue algumas fora, livre-se delas, tome coragem, reconheça sua posse, em alto e bom tom proclame:

    “Não vou mais usar isto, Sim! Era minha; mas NÃO me pertence mais”.

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