O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar de São Paulo deflagraram, nesta quarta-feira (10), a Operação Pesticida, que tem como alvo organizações criminosas responsáveis pela falsificação, adulteração e comércio ilegal de agrotóxicos. A ofensiva também conta com o apoio do Gaeco e da PM de Minas Gerais.
Ao todo, estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão temporária e 90 mandados de busca e apreensão em sete cidades de São Paulo e três municípios de Minas Gerais. A operação mobiliza cerca de 250 policiais militares, dezenas de promotores de Justiça e servidores, além de mais de 65 viaturas.
As investigações, conduzidas em Procedimentos Investigatórios Criminais, revelaram a existência de uma estrutura organizada em múltiplos núcleos, incluindo setores de falsificação, produção gráfica e operadores financeiros responsáveis por movimentar e ocultar valores provenientes da atividade ilícita. A atuação do grupo possuía ramificações interestaduais e operava com alto grau de profissionalização.
Apreensão de 30 mil galões de agrotóxicos falsificados
Em julho, uma fase anterior da apuração que consistiu na Operação Pesticida já havia resultado na apreensão de cerca de 30 mil galões, além de tampas plásticas, moldes, matrizes de impressão e utensílios usados na fabricação clandestina dos produtos.
Segundo o MPSP e a PM, o material reunido evidencia que a organização criminosa mantinha faturamento mensal significativo e operava com divisão clara de tarefas, causando risco elevado à saúde pública, ao meio ambiente, aos consumidores e ao agronegócio, além de gerar prejuízo direto à arrecadação tributária e à competitividade de produtores regulares.
Devido à complexidade e ao tamanho da rede investigada, as prisões e medidas cumpridas nesta quarta-feira são consideradas fundamentais para avançar na desarticulação total da estrutura criminosa.














